Justiça Eleitoral recebe 4 vezes mais ações em São Paulo do que na eleição anterior
Guilherme Boulos (PSOL) foi o candidato à prefeitura paulistana que mais acionou o Tribunal Eleitoral


A Justiça Eleitoral recebeu quatro vezes mais ações contra candidatos de São Paulo em 2024 do que em 2020.
Naquela última eleição, a Justiça havia recebido 24 ações, entre notícias crime, pedidos de direito de resposta, notícias de irregularidade em propagandas e representações contra candidatos. Neste ano, já são 99 processos.
Os dados são de um levantamento da CNN com a Justiça Eleitoral e com as campanhas.
Quem mais movimentou a Justiça foi o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, com pelo menos 40 ações.
O atual prefeito, Ricardo Nunes, do MDB, acionou a Justiça pelo menos 20 vezes.
Tabata e o PSB movimentaram pelo menos nove ações. O partido Novo e a sua candidata, Marina Helena, cinco ações.
Já Pablo Marçal (PRTB) entrou com três pedidos na Justiça, todos contra Tabata, a mesma quantidade de pedidos de José Luiz Datena e do PSDB.
Marçal e Boulos estão entre os candidatos que já foram condenados.
Marçal, por manter uma rede de cortes de vídeos, numa ação movida por Tabata Amaral, que levou à suspensão de todas as contas nas redes sociais do candidato do PRTB.
Ele também foi condenado a conceder sucessivos direitos de resposta a Boulos por associá-lo ao uso de cocaína.
Marçal ainda teve uma decisão contrária no tema que poderá fazer com que ele pague uma multa de R$ 10 mil.
Boulos, por sua vez, foi condenado a pagar multa de R$ 5 mil por pedido de votos em marchinha de Carnaval numa ação movida pelo partido Novo.
O candidato do PSOL também foi condenado por propaganda antecipada no ato de 1º de maio com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Neste segundo processo, a multa foi de R$ 10 mil.
Há ações que ainda aguardam julgamento, como uma em que Datena acusa Marçal de fazer propaganda por meio de brindes e venda de produtos, como bonés e camisetas, e outra que Marçal quer punir Tabata por associá-lo ao crime organizado.