Borussia Dortmund x Real Madrid: o que esperar da final da Champions League
Borussia Dormtund e Real Madrid disputam a taça com estilos e histórias diferentes
De um lado, a maior potência do futebol mundial. Do outro, uma força tradicional de uma das escolas mais vitoriosas do esporte. Borussia Dortmund e Real Madrid capturam a atenção dos torcedores neste sábado para a disputa do título mais importante do futebol de clubes.
Em busca da décima-quinta conquista europeia, o Real Madrid tem números avassaladores. Chega pela décima-oitava vez a uma final de Champions. Os rivais mais próximos nessa estatística são Bayern-ALE e Milan-ITA, que jogaram onze decisões.
Mais modesto, o Dortmund disputará a terceira final e foi campeão europeu apenas uma vez, na temporada 1996/97.
Como joga o Real?
O esquadrão comandado pelo italiano Carlo Ancelotti professa a tática do 4-4-2 na maior parte do tempo. Com esse sistema, potencializa o uso da velocidade dos atacantes brasileiros Vini Júnior e Rodrygo.
De jogo para jogo e até mesmo durante a disputa o Real varia para um 4-3-3, utilizando a versatilidade e o talento do inglês Jude Bellingham. É um time tão poderoso e confiante que não se abala mesmo quando é dominado e sabe utilizar o contragolpe com os passes mágicos do alemão Toni Kroos.
Ancelotti confirmou a volta do goleiro belga Courtouis.
Qual o estilo do Borussia Dortmund?
O time do alemão Edin Terzic fez do contragolpe sua arma em boa parte da temporada, quando defendia com uma linha de três zagueiros. Após a mudança tática para o sistema 4-2-3-1, a equipe ganhou consistência e ritmo no meio, através do craque Julian Brandt. A defesa tem como base o experiente Matt Hummels, campeão do mundo em 2014, e à frente a confiança está no tanque Niclas Fulkrug.
O que pode decidir a final?
Um detalhe estatístico chama atenção: o Real sofre muitos gols. Nesta edição da Champions, os merengues foram vazados 15 vezes. É a segunda pior defesa da competição, atrás apenas do Antuérpia, que levou 17 gols.
O Dormtund converte menos que o Real (17 contra 25), mas é sólido na defesa: sofreu apenas nove gols.
Finais costumam ser partidas estudadas e fechadas, marcadas pela cautela. As jogadas de bola parada são importantes. Pode ser uma estratégia interessante para ao Dortmund, que vai a campo sem a pressão do favoritismo espanhol.
Em quem ficar de olho?
No lado espanhol, as dicas óbvias são os craques brasileiros Vini e Rodrygo, além dos talentosos Bellingham e Kroos. Sem falar em Modric, que pode sair do banco para fazer história novamente.
Na equipe alemã, os destaques principais são Hummels, Brandt e Fullkrig. Mas o inglês Jadon Sancho e o meia austríaco Sabitzer são peças importantes. No banco, o experiente Marco Reus, que estava na última final de Champions do clube, em 2013, é uma espécie de talismã de uma das torcidas mais apaixonadas da Europa.