São Paulo e Palmeiras ficam na promessa
Rivais até ameaçaram fazer um grande clássico, mas entregaram somente luta e muita falação
Houve um momento, no começo do segundo tempo do clássico entre São Paulo e Palmeiras, em que os rivais até ameaçaram entregar um grande jogo. Uma grande chance para cada lado, minutos de trocação pura, mas ficou nisso.
A sessão de segunda-feira (29) da Série A do Brasileirão prometeu muito e entregou pouco.
Foi mais uma partida marcada por esforço, dedicação, lampejos de técnica e um falatório interminável dentro e fora de campo. Em alguns instantes, se ouvia mais os chiliquentos treinadores Abel Ferreira e Luis Zubeldía que os mais de 50 mil são-paulinos que lotaram o MorumBIS.
Para piorar, o árbitro Wilton Pereira Sampaio amarrou o jogo, fez sermões para os atletas e treinadores e conseguiu o que parece ser seu objetivo: chamar mais atenção para ele do que para o jogo que apita. Que mala!
Se não ofereceu gols, o clássico deixou algumas observações.
Ainda falta ao São Paulo um jogador que pense o jogo no meio-campo. A carência de ideias é evidente. Por enquanto, James Rodriguez não se mostrou capaz de solucionar esse problema, e Luciano fica dividido entre ser um meia criativo ou um atacante decisivo. Depender sempre de Calleri é sobrecarregar demais o centroavante.
O Palmeiras tem apagões momentâneos que podem custar caro em fases decisivas. Endrick enfeitou demais algumas jogadas, e Flaco López sofre quando enfrenta zagueiros de boa qualidade. Raphael Veiga parece estar recuperando a capacidade física, o que devolve ao time seu elemento mais criativo.
O campeonato tem apenas quatro rodadas, mas o São Paulo já vê o líder cinco pontos à frente e o Palmeiras, quatro. O empate não fez bem a ambos. Em busca de classificação na Libertadores, precisarão de ainda mais energia em algum momento para buscar a liderança nacional.
O calendário insano provavelmente os obrigará a atuar com times reservas ou alternativos na Copa do Brasil. A conferir.