Trajetória de 44 anos levou à medalha inédita do Brasil na ginástica artística
Primeira participação olímpica brasileira na modalidade foi na Olimpíada de Moscou, em 1980
Uma jornada de 44 anos separa a estreia da ginástica artística brasileira em Jogos Olímpicos da inédita medalha por equipes, conquistada neste 30 de julho de 2024. A ginástica brasileira participou pela primeira vez dos Jogos na edição de Moscou, em 1980. O esporte ainda era chamado de ginástica olímpica, e a representante brasileira foi Cláudia Magalhães.
Dois anos antes, em 1978, uma equipe brasileira disputou pela primeira vez o Campeonato Mundial, em Estrasburgo, França. O principal nome do Brasil era Lilian Carrascoza, que encerraria a carreira um ano depois.
Nos Jogos Pan-americanos de Caracas, em 1983, o Brasil ganhou a primeira medalha por equipes em uma grande competição. O bronze veio com com Jaqueline Pires, Tatiana Figueiredo, Cláudia Magalhães, Altair Prado, Marian Fernandes, Denilce Campos e Eliane Pereira. Os treinadores eram Berenice Arruda e Mário César de Carvalho.
A Olimpíada de 2024 insere a ginástica do Brasil no seleto grupo de grandes equipes. Um processo de quase meio século, que foi iniciado em 1979, com um projeto chamado Medalha de Ouro, criado por um militar da reserva chamado Hugo Roquete, e abraçado pelo Colégio Impacto, do Rio de Janeiro.
Nomes como Daniele Hypolito e Daiane dos Santos foram fundamentais nessa trajetória de desenvolvimento e popularização.
Uma fusão de gerações subiu ao pódio em Paris, celebrando o sucesso dessa empreitada. Jade Barbosa, de 32 anos, a mais experiente, esteve nos Jogos de Pequim, em 2008. Rebeca Andrade, 25, Flávia Saraiva, 24, e Lorrane Santos, de 26 anos, representam a consolidação. Julia Soares, de 18 anos, significa a continuidade.