Vice de Kamala, Walz já foi criticado por protestos após morte de George Floyd
Críticos afirmam que governador de Minnesota demorou para conter manifestações
O escolhido para compor a chapa de Kamala Harris como candidato a vice-presidente, Tim Walz, tinha assumido o governo do estado de Minnesota há pouco mais de um ano quando enfrentou os maiores desafios de sua carreira política: a morte de George Floyd, em Mineápolis, e os protestos que se seguiram.
Críticos afirmam que Walz demorou para conter os episódios de violência das manifestações, que se espalharam por todo o país; ele acionou a Guarda Nacional para a cidade em 28 de maio – um dia depois do pedido feito pelo prefeito de Mineápolis, Jacob Frey. À época, Donald Trump, então presidente, disse que forçou o estado de Minnesota a acionar a Guarda Nacional – o que não é verdade.
Desde então, republicanos exploram o episódio para dizer que Walz tem simpatia por manifestantes violentos e retratar o governador como extremista liberal. Nesta terça-feira (6), o candidato a vice na chapa de Trump, JD Vance, voltou a mencionar os protestos, afirmando que Walz “deixou Minneapolis pegar fogo”.
A escolha de Kamala Harris agrada o setor mais progressista do partido democrata – mais do que o outro nome mais cotado por ela, o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro. Nomes influentes especialmente para o eleitorado mais jovem do partido, como as deputadas Ilhan Omar e Alexandria Ocasio-Cortez, elogiaram a nomeação de Walz.
A estratégia da campanha é apresentar o governador de Minnesota como um homem simples, que entende os anseios da população americana, cativando assim principalmente os eleitores do Centro-Oeste, onde ficam estados decisivos para as eleições.