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    Mari Palma
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    Mari Palma

    Sou jornalista, com pós em moda, neurociência e comportamento. Também sou embaixadora da Marvel, fã de Friends e Beatles, 4 vezes tia e mãe de cachorro

    Samuel Rosa sobre atual consumo de música: “Como voltar a comer com as mãos”

    Ao Na Palma da Mari, o cantor opinou sobre as vantagens e desvantagens da influência das redes sociais no cenário musical

    Samuel Rosa disse ao Na Palma da Mari que não quer ser o tiozão que julga o que os jovens ouvem. Até porque ele mesmo viveu essa experiência de ver os mais velhos torcendo o nariz para o som que ele escutava ou mesmo fazia com o Skank, que chegou ao fim em 2023.

    Mas, segundo o cantor, não o agrada a atual forma de consumir músicas forjada pelo consumo de streamings e de redes sociais, em que cada vez mais as canções estão mais curtas e tudo é muito rápido. “Eu acho que houve uma involução na forma de consumir música, como se a gente voltasse a comer com as mãos, abandonasse os talheres”, desabafa.

    Ele lembrou da vez que mostrou músicas para sua filha mais velha no carro e ela estava sempre passando para a próxima, sem terminar de escutar. “Falei: ‘Minha filha, mas você não ouve a música?’. E ela respondeu: ‘Ninguém escuta música até o final’. Ela falou que aquilo era quase uma regra. Porque é isso, é audiência. Esse mundo supersônico que a gente vive hoje, muito estressado, muita informação'”, conta.

    Samuel diz que sua birra com a forma de consumo de música hoje é porque muito se perde em relação ao contexto da obra. “Eu acho que a música é entretenimento, mas também está ali para constituir uma educação, uma visão de mundo”, explica. “Ela é educativa, ela é pedagógica, e você não vai aprender nada ouvindo uma música de um minuto junto com uma dancinha”.

    Ele lembra que com os Beatles e o rock anos 80, por exemplo, era possível saber as agruras daquela juventude. “Você aprende sobre aquilo que o cara falava, como é que ele pensava naquela época, como era, o que era valor, o que não era”, afirma.

    Mas ele consegue ver um lado positivo: as pessoas têm mais acesso à música. “Quando eu lançava discos, por exemplo, na época do Skank, nos anos 90, 2000, a pessoa tinha que comprar o disco, caso contrário, ela ficava naquela do rádio”, lembra.

    Na Palma da Mari

    Ao Na Palma da Mari, Samuel falou como está sendo sua jornada na carreira solo depois de 30 anos como Skank, falou de paternidade, opinou sobre a indústria da música na era do streaming, e desabafou sobre o VAR no futebol.