Eu te entendo, Selena Gomez…
Não dá mais pra aguentar piada machista em nenhum lugar, principalmente num palco de um dos maiores eventos do mundo
“Barbie foi baseada em uma boneca de plástico com seios grandes que se torna uma humana com pele flácida e celulite.”
“Não quero que vocês pensem que sou um canalha, mas é meio estranho sentir atração por uma boneca de plástico”.
Essas são palavras do comediante Jo Koy, que foi mestre de cerimônias do Globo de Ouro de 2024. Sim, gente, o ano é 2024 e ainda tem homem que acha graça em fazer piada machista. E pior: diz que não quer ser visto como um “canalha”.
Bom, se existe mesmo essa preocupação, minha dica é: que tal começar por NÃO fazer piadas assim no palco de um dos maiores eventos do cinema e da TV, com o mundo inteiro assistindo? Ou quem sabe pensar, mesmo que só um pouquinho, no que você pode provocar em outras pessoas?
Eu até imagino que ele tenha pensado nisso. Acho que a ideia inicial era, como todo comediante, provocar alegria e fazer a plateia dar risada. Mas o que ele recebeu foi um baita de um silêncio constrangedor. Não teve graça. Ninguém tem que rir de misoginia disfarçada de piada.
Tudo isso só reforça a importância de um filme como Barbie. Um filme que se propôs, de um jeito muito corajoso, a combater justamente atitudes como essa. Um filme que incomodou quem por muito tempo não precisou se incomodar com nada.
Diminuir um trabalho importante como esse é diminuir a luta de todas nós, mulheres. Uma luta que está longe de acabar. E se você não quer ser visto como um canalha, é melhor entender de uma vez por todas que você também faz parte disso.