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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há sete anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    Procuradores acionam PGR e STF para apurar extensão de monitoramento da “Abin Paralela”

    Lista encontrada em e-mail do ex-diretor Alexandre Ramagem elenca membros do Ministério Público Federal considerados “contrários” a Bolsonaro

    Procuradores vão acionar a Procuradoria-Geral da República e o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar entender a extensão do suposto monitoramento ilegal de membros do Ministério Público Federal (MPF) pela chamada “Abin Paralela”.

    Ao longo da investigação, a Polícia Federal (PF) identificou que o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem mantinha em constante atualização uma lista de procuradores que teriam atuado contra medidas do governo Jair Bolsonaro.

    O documento foi localizado nos dispositivos de Ramagem, mas não há registro de que tenha sido enviado para alguém. A ANPR vai pedir ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo, acesso ao arquivo.

    Segundo a PF, na lista constavam nomes como o do procurador José Gladston Correia, que investigava a responsabilidade do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello pela crise do oxigênio no Amazonas durante a pandemia.

    A CNN apurou que alguns procuradores eram listados como opositores do governo Bolsonaro apenas por defenderem a segurança e a confiabilidade das urnas eletrônicas, caso do ex-vice-procurador-geral eleitoral Renato Brill de Góes.

    Em nota pública, a ANPR pediu a responsabilização dos envolvidos no episódio. “Não se trata de um caso corriqueiro, que possa ser naturalizado ou relativizado”, diz o texto. A entidade afirma, ainda, que isso configura “desvio de finalidade” por parte da Abin.

    “Não é papel das instituições de Estado, menos ainda do serviço de inteligência, monitorar a correta atuação funcional de membros do Ministério Público”, diz o texto. A CNN tenta contato com a defesa de Ramagem.

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