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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há sete anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    PF encontra com Ramagem lista de procuradores que haviam atuado contra Bolsonaro

    Procuradores emitiram nota pedindo punição aos envolvidos

    O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, mantinha em constante atualização uma lista de procuradores que haviam atuado contra medidas do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    A Polícia Federal (PF) localizou o arquivo nos dispositivos de Ramagem, no âmbito da investigação sobre o esquema de espionagem ilegal conhecido como “Abin paralela”. A informação foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pela CNN.

    Segundo a investigação, o documento elenca integrantes do Ministério Público Federal (MPF) que haviam assinado representações contra o governo Bolsonaro, seus aliados ou familiares. Não há registro de que o arquivo tenha sido enviado para alguém.

    Na lista, constavam nomes como o do procurador José Gladston Correia, que investigava a responsabilidade do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello pela crise do oxigênio no Amazonas durante a pandemia.

    Também estavam citados os procuradores Enrico de Freitas, que recomendou a militares que não promovessem atos de comemoração ao golpe de 1964, e Ana Carolina Bragança, que atuou no combate ao garimpo ilegal na Amazônia.

    Em nota, a Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) pediu a responsabilização dos envolvidos no episódio. “Não se trata de um caso corriqueiro, que possa ser naturalizado ou relativizado”, diz o texto.

    A ANPR afirma, ainda, que isso configura “desvio de finalidade” por parte da Abin, uma vez que “no é papel das instituições de Estado, menos ainda do serviço de inteligência, monitorar a correta atuação funcional de membros do MP”.

    A entidade diz que vai “buscar obter todo o contexto dos fatos, a dimensão da atuação irregular, a responsabilização dos envolvidos e a reparação dos danos”. Segundo a nota, os fatos devem ser apurados e punidos. A CNN tenta contato com a defesa de Ramagem.

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