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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há sete anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    Congresso avalia alterar lei para “desviar” fundo de R$ 1,5 bilhão ao RS

    Fundo de Compensação Ambiental é destinado a Unidades de Conservação, mas especialistas entendem ser possível ampliar o escopo

    Em meio à catástrofe climática do Rio Grande do Sul, parlamentares estudam uma alteração legislativa para que cerca de R$ 1,5 bilhão do Fundo de Compensação Ambiental (FCA), gerido pela União, possa ser destinado para a reconstrução do estado.

    O Fundo surgiu de um convênio da Caixa Econômica Federal com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e é composto de pagamentos feitos por empresas a título de compensação, quando seus empreendimentos são potencialmente lesivos ao meio-ambiente.

    Como os recursos do FCA se destinam a fortalecer o Sistema Nacional Unidades de Conservação (SNUC), há entre especialistas a avaliação de que podem ser usados para reparar os danos ambientais da maior tragédia ambiental da história do Rio Grande do Sul.

    O Instituto de Direito e Economia do Rio Grande do Sul (Iders) enviou uma nota técnica ao Congresso Nacional e ofícios ao Ministério do Meio Ambiente e à Caixa Econômica Federal, defendendo a imediata destinação da verba ao governo gaúcho.

    “A aplicação do Fundo é uma ação de alcance macro, voltada para a sustentabilidade e a regeneração ambiental do estado como um todo”, diz a nota técnica, à qual a CNN teve acesso.

    O texto também lembra que o Rio Grande do Sul abriga nove Unidades de Conservação – ou seja, a destinação ao estado não estaria tão fora do escopo.

    De todo o modo, são necessários ajustes na lei para deixar claro que há “permissão explícita para o uso dos fundos em ações de recuperação ambiental mais amplas, beneficiando ecossistemas críticos e comunidades afetadas por desastres naturais”, como é o caso do Rio Grande do Sul.