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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há sete anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    Cobrança do STF amplia pressão sobre Tarcísio

    Governador tem até sexta para detalhar testes das câmeras corporais

    O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), tem até sexta-feira (6) para detalhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o atual estágio da implementação das câmeras corporais em agentes da Polícia Militar (PM).

    A intimação do presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, amplia a pressão sobre o governador, em meio a um revés na segurança pública após episódios de violência da PM.

    Embora a decisão de Barroso tenha sido anterior aos dois episódios mais recentes (o de um PM flagrado jogando um motociclista de uma ponte e o de um policial que matou um jovem com 11 tiros pelas costas), o prazo para a resposta coincide com o agravamento da crise.

    Tarcisio deve apresentar ao STF a íntegra do contrato e o cronograma de execução, além de relatórios sobre todos os testes realizados até agora. O documento deve apresentar os indicadores utilizados para concluir sobre a efetividade das câmeras corporais.

    Barroso também pediu que o governador informe qual o estágio atual da implantação do software que permitirá a gravação no modelo “remoto automático”, inclusive para ocasiões em que o equipamento estiver desativado, mas ainda no atendimento da ocorrência.

    O contrato para a aquisição das câmeras foi celebrado pela PM de São Paulo em 18 de setembro deste ano, com prazo de 30 meses, e em um valor total de R$ 105 milhões, após processo licitatório.

    O Supremo monitora o caso no âmbito do Núcleo de Processos Estruturais e Complexos (Nupec), depois que a Defensoria Pública de São Paulo ajuizou ação na Corte para tornar obrigatório o uso de câmeras corporais em operações policiais.

    Ao analisar o pedido, em junho, Barroso entendeu que não caberia uma ordem judicial, na medida em que o governo paulistano já havia se comprometido em adotar as câmeras corporais. Porém, decidiu que o STF monitoraria o cumprimento de todas as medidas.

    Seis meses depois, o presidente do Supremo considerou que as informações prestadas até o momento pelo governo paulista eram “insuficientes para o adequado monitoramento dos compromissos assumidos” – por isso, pediu mais detalhamento.

    À CNN, Tarcisio refutou a possibilidade de demitir a seu secretário de segurança pública, Guilherme Derrite – um apelo de partidos de oposição ao governador. “Temos ações a tomar, sem dúvida. Mas não é esse o caminho”, disse.

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