Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Luísa Martins
    Blog

    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há sete anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    Palácio Farroupilha, museus e centros históricos: enchentes atingem quase 700 bens culturais no RS

    Iphan planeja recuperação com recursos do PAC e da Lei Rouanet

    Com quase 700 bens culturais atingidos pelas cheias, municípios gaúchos terão prioridade na execução de recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e em políticas públicas de fomento como a Lei Rouanet.

    O Ministério da Cultura (MinC) fez um diagnóstico preliminar sobre os potenciais danos causados pelas enchentes aos prédios históricos, conjuntos arquitetônicos e sítios arqueológicos do Rio Grande do Sul.

    Segundo dados aos quais a CNN teve acesso, por ora foram registrados 98 municípios com bens culturais danificados – entre esses bens, estão mais de 650 sítios arqueológicos e pelo menos 28 bens tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

    É o caso do Palácio Farroupilha, sede do parlamento gaúcho em Porto Alegre; das ruínas da Igreja de São Miguel, em São Miguel das Missões; e do centro histórico do município de Santa Tereza, na região da Serra, conhecido pela arquitetura colonial italiana.

    Além disso, reformas que haviam sido entregues recentemente ou estavam em processo de finalização devem precisar de novas intervenções. É o caso do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), na capital gaúcha, e, possivelmente, do Teatro Sete de Abril, em Pelotas.

    O tamanho do prejuízo ainda é impossível de estimar, mas o presidente do Iphan, Leandro Grass, disse à CNN que certamente haverá necessidade de recursos suplementares para recuperar o patrimônio.

    “Sabemos o que foi inundado, mas ainda não há precisão sobre as características desses danos, se foi a parte hidráulica, a elétrica ou a estrutura mesmo dos prédios. Mais adiante, vamos aprofundar esse mapeamento, o que vai subsidiar nossas ações emergenciais”, disse.

    Grass afirmou que os municípios gaúchos “passarão na frente” das ações do MinC, o que inclui tratativas com outros ministérios e também negociações com a iniciativa privada, em busca de patrocínio para projetos culturais do Rio Grande do Sul.

    O Iphan destaca que os patrimônios culturais imateriais do Estado – como as rodas de capoeira, o gênero musical do choro e os doces de Pelotas – também demandam atenção, na medida em que seus atores podem ter sido pessoalmente atingidos pelas enchentes.

    As cheias também devem exigir uma mudança no escopo de um contrato que havia sido firmado para a recuperação e o restauro do Mercado Público de Porto Alegre, um dos cartões-postais da capital gaúcha.