Com o X fora de cena há um mês, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) viu um cenário positivo com as plataformas durante o primeiro turno. A leitura é de que, até agora, as big techs têm sido cooperado e cumprido rapidamente as decisões de remoção de conteúdo.

O entorno da presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, avalia que as redes sociais tiveram um impacto negativo menor do que o inicialmente esperado. A própria ministra, em entrevista ao jornal O Globo neste domingo, disse que as plataformas “cumpriram rigorosamente” os memorandos firmados com a Justiça Eleitoral.

Em seu discurso de posse no TSE, em junho, Cármen afirmou que era preciso lutar contra “o algoritmo do ódio” nas redes sociais. “A mentira espalhada pelos poderosos ecossistemas das plataformas é um desaforo tirânico contra a integridade das democracias”, disse a ministra na ocasião.

Passados quase quatro meses, a avaliação da ministra é de que o rigor do TSE nas resoluções sobre inteligência artificial e “deep fakes” coibiram problemas mais graves. Além disso, os acordos firmados entre a Justiça Eleitoral e as plataformas teriam surtido o efeito esperado, com conteúdos removidos em questão de minutos.