Futuro de Porto Alegre pós-enchentes deve marcar debate desta quinta-feira
Quatro candidatos devem participar das discussões: Sebastião Melo (MDB), Maria do Rosário (PT), Juliana Brizola (PDT) e Felipe Camozzato (Novo)
O futuro de Porto Alegre (RS) após as enchentes que, em maio, arrasaram boa parte da capital gaúcha deve marcar o debate da Band entre candidatos à prefeitura nesta quinta-feira.
Quatro postulantes ao cargo devem participar do evento: Maria do Rosário (PT), Juliana Brizola (PDT), Felipe Camozzato (Novo) e Sebastião Melo (MDB), atual prefeito, que quer a reeleição.
Todos já fizeram uma espécie de reconhecimento de território nesta terça-feira, quando ocorreu o primeiro debate da campanha de 2024, promovido pela Rádio Gaúcha.
Há uma expectativa, portanto, de que os candidatos estejam mais bem preparados não apenas para explorar os pontos fracos dos adversários, como para se prevenir de eventuais ataques.
As correntes ideológicas dos candidatos os dividem em duas duplas, em uma espécie de réplica da polarização que opõe o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
As candidatas mulheres estão em um campo considerado mais progressista (mais Maria do que Juliana), enquanto os homens estão mais à direita. A divisão promete um duro embate especialmente entre Melo e Maria do Rosário.
Como prefeito, Melo deve ser cobrado sobre a sua atuação – considerada falha pela oposição – no enfrentamento do estado de calamidade pública causado pelas chuvas em Porto Alegre.
Já Maria do Rosário, aliada de Lula, se prepara para responder questões que vão além dos seus planos para a prefeitura, mas que inflamam os opositores do PT, a exemplo da posição do seu partido quanto à Venezuela.
Juliana foi orientada por seus auxiliares a ser mais firme e espontânea (no debate da Rádio Gaúcha, ela praticamente leu todas as perguntas) se quiser se cacifar como uma “terceira via” nas eleições de outubro.
Correndo por fora, Camozzato deve focar em pautas “pró-desenvolvimento”, em temas como liberdade econômica e em defesa de parcerias com a iniciativa privada para a oferta de serviços de educação e saúde na capital.