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    Larissa Rodrigues
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    Larissa Rodrigues

    Acompanha de perto as articulações do Congresso com o Executivo e como a relação entre os Poderes interfere na vida da população e na economia do país

    Após depoimentos virem à tona, bolsonaristas tentam acelerar proposta de anistia

    Projeto mais acelerado já pode ser colocado para votação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara

    Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso debatem formas de acelerar a tramitação do projeto de lei que propõe anistia para envolvidos nos atos criminosos do 8 de janeiro.

    A avaliação é de que a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se complicou com os depoimentos dos ex-comandantes das Forças Armadas e que a aprovação do projeto seria um primeiro passo para incluir o ex-presidente entre os anistiados ou, pelo menos, dar força para a apresentação de uma outra matéria focada em Bolsonaro.

    Diversos projetos que buscam anistiar os envolvidos nos atentados do ano passado já foram apresentados no Congresso Nacional. O que está mais acelerado já pode ser colocado para votação na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara.

    O texto original prevê perdão “aos participantes das manifestações reivindicatórias de motivação política ocorridas entre o dia 30 de outubro de 2022 e o dia de entrada em vigor desta lei”. O que, para parlamentares bolsonaristas ouvidos pela CNN, poderia abordar Bolsonaro e os demais investigados pela Polícia Federal sobre o plano golpista.

    Inicialmente, o texto seria relatado pela deputada Sâmia Bomfim (Psol-RJ). Com a troca dos comandos e membros das comissões da Câmara dos Deputados neste início de 2024, no entanto, a parlamentar deixou a CCJ.

    Em contrapartida, o comando do colegiado agora está nas mãos da bolsonarista Caroline de Toni (PL/SC), que já teria sinalizado a possibilidade de pautar a votação do texto ainda neste primeiro semestre.

    Nesta sexta-feira (15), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou o sigilo dos depoimentos dados pelos ex-comandantes das Forças Armadas durante o mandato de Bolsonaro.

    As oitivas implicam diretamente o ex-presidente. Um dos relatos mais graves é o do ex-comandante da aeronáutica, Carlos Baptista Junior. Ele afirmou que O ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, chegou a ameaçar dar voz de prisão ao então presidente Jair Bolsonaro (PL) quando ele mencionou a possibilidade de golpe de Estado para se manter no poder.

    Procurada, a defesa de Bolsonaro ainda não se manifestou sobre as acusações.