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    Jussara Soares
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    Jussara Soares

    Em Brasília desde 2018, está sempre de olho nos bastidores do poder. Em seus 20 anos de estrada, passou por O Globo, Estadão, Época, Veja SP e UOL

    RS: Exército quer saber origem de informação falsa sobre rompimento de dique; sete militares estão afastados

    Caso foi considerado pela Força "um grave erro de procedimento"; prazo para a conclusão da investigação administrativa é de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias

    O Exército tenta descobrir a origem da informação que levou militares a propagar um suposto rompimento de um dique na cidade de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, e determinar que moradores deixassem suas casas no final da tarde de domingo (27).

    Sete militares – três oficiais e quatro sargentos – foram afastados das funções durante a sindicância aberta para apurar o caso. O prazo para a conclusão da investigação administrativa é de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias.

    Neste momento, segundo apurou a CNN, o Exército quer saber de onde e de quem partiu a informação que foi propagada sem checar a veracidade. O caso foi considerado pela Força “um grave erro de procedimento”.

    Militares podem receber penas administrativas se comprovado que agiram com imperícia ou imprudência. Caso seja identificada a participação de civil, isso será comunicado às autoridades.

    Em caráter reservado, oficiais avaliam que os militares envolvidos na propagação do falso rompimento do dique agiram com precipitação diante de uma informação não confirmada. Porém, descartam que tenham agido de má-fé espalhando “fake news”.

    O argumento é de que diante da tragédia que assola o Rio Grande do Sul, os militares se preocuparam em tentar salvar vidas diante do suposto risco.

    Entenda

    No final da tarde de domingo (26), militares que atuavam no bairro de Mathias Velho ouviram que um dique havia sofrido um rompimento na região. De acordo com o Exército, mesmo sem confirmar a informação, os militares passaram a comunicar aos moradores a necessidade de evacuação de imóveis da região, que estaria em área de risco.

    A instituição definiu o ocorrido como “um grave erro de procedimento” e disse que tomou medidas administrativas para apurar os fatos.

    “A 14ª Brigada de Infantaria Motorizada reitera seu compromisso com a população afetada pela catástrofe ambiental, em especial com os moradores de Canoas-RS e manifesta sua solidariedade a todos os moradores que foram erroneamente informados e pede sinceras desculpas pelo ocorrido”, conclui o comunicado.

    Pouco antes do Exército divulgar seu posicionamento, a prefeitura de Canoas se manifestou nas redes sociais, desmentindo as informações. O bairro Mathias Velho foi um dos mais atingidos pelas fortes chuvas que atingem a cidade desde o início do mês de maio.