Planalto avalia que ações no RS vão demorar três meses para impactar imagem do governo
Tragédia climática é considerada momento mais desafiador da atual gestão petista
Integrantes do Palácio do Planalto avaliam que a atuação federal na tragédia no Rio Grande do Sul só terá impactos para a imagem do governo em três meses.
Na percepção de auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esse é o tempo necessário para que as medidas adotadas surtam efeito sobre a população.
A tragédia climática é considerada por fontes ouvidas pela CNN dentro do governo, até agora, o momento mais desafiador da atual gestão petista. E com potencial de “esgarçar” a relação com a opinião pública.
Por outro lado, há quem entenda que a presença do governo no estado pode melhorar a avaliação de Lula no estado em que ele teve 43,65% dos votos ante os 56,35% de Jair Bolsonaro (PL), em 2022.
Lula tem determinado que seus ministros concentrem esforços no socorro ao estado. Criou a Secretaria Extraordinária de Apoio ao Rio Grande do Sul, que passou a ser comandada pelo ministro Paulo Pimenta, ex-chefe da Secretaria Especial da Comunicação.
Além disso, anunciou diversas medidas de apoio ao Rio Grande do Sul. Entre elas, um Auxílio Reconstrução no valor de R$ 5,1 mil para famílias afetadas pelas enchentes em 369 municípios. O repasse será feito a partir do cadastro feito pelas prefeituras.
Lula também prometeu casas para todos que tiveram suas residências destruídas pelas chuvas e obras de infraestrutura para a reconstrução de rodovias e pontes.
Desde o dia 29 de abril, as enchentes deixaram 161 pessoas mortas e 82 estão desaparecidas, segundo a Defesa Civil. São 653 mil desalojados ou desabrigados. Ao todo, calcula-se que 2.341.060 pessoas tenham sido afetadas.
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