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    Jussara Soares
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    Jussara Soares

    Em Brasília desde 2018, está sempre de olho nos bastidores do poder. Em seus 20 anos de estrada, passou por O Globo, Estadão, Época, Veja SP e UOL

    PEC da Segurança: Governo vê “pragmatismo” de Tarcísio e “lacração” de Caiado

    Governadores são citados como pré-candidatos da direita à Presidência da República em 2026

    Integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliaram positivamente a participação do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na reunião desta quinta-feira (31) para discutir a PEC da Segurança, mas criticaram o chefe do executivo de Goiás, Ronaldo Caiado (União).

    Tarcísio foi considerado “pragmático” em suas colocações, enquanto Caiado aproveitou o debate para “lacração” e “dar show”, conforme expressões usadas por assessores presidenciais.

    Os dois governadores são citados como pré-candidatos da direita à Presidência da República em 2026.

    O governador de São Paulo defendeu um sistema nacional de controle de fronteiras. Ele também sugeriu enviar ao Congresso um pacote amplo, e não só a PEC.

    Em entrevista coletiva, Tarcísio disse que a PEC não é um produto pronto.

    Segundo ele, é “importante” o governo federal e os dos estados estarem integrados. E disse que a “iniciativa é um primeiro passo na direção correta” e que é “fundamental preservar a autonomia dos estados”.

    Por sua vez, Caiado, na reunião, disse que a proposta do governo Lula é “usurpação do poder” dos estados.

    “Entender que a legislação penal e a legislação penitenciária devem ser estipuladas por nós, como é feito nos Estados Unidos, que têm um sistema federado semelhante a nós”, argumentou Caiado.

    “É uma usurpação de poder, uma invasão de prerrogativa, de uma prerrogativa que já está garantida a nós, governadores”, completou o governador de Goiás.

    De modo geral, as ponderações dos chefes dos executivos estaduais — mesmo os de direita — foram considerados naturais e pertinentes para o debate.

    A avaliação no governo é que a recepção positiva foi a maioria entre os governadores.

    Há uma percepção, porém, que será preciso trabalhar mais para o entendimento de que a PEC da Segurança não vai tirar autonomia dos estados.

    Os governadores devem fazer sugestões de alterações no texto. Segundo a CNN apurou, não há ficou determinada uma data para o envio dessas propostas.

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