Advogados pedem transferência de general Mario Fernandes para Brasília
Militar está preso no Rio; ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência é apontado como participante de elaborar um plano para matar Lula, Alckmin e Moraes
A defesa do general Mario Fernandes — preso nesta semana acusado de participar de um plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes — pediu à Corte que ele seja transferido para uma unidade militar em Brasília, onde reside.
Ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro, Fernandes foi preso provisoriamente na última terça-feira (19) no Rio de Janeiro onde estava para participar de uma formatura de um filho oficial do Exército.
Desde então, o general está detido no Comando da Primeira Divisão do Exército na capital fluminense. A defesa agora quer que ele seja transferido e possa receber a visita de familiares.
Indiciado também no relatório da PF nesta quinta-feira (22), o general, segundo a investigação, daria apoio material e financeiro, além de orientar os participantes das manifestações antidemocrática em frente ao Quartel-General (QG) do Exército, em Brasília. O militar da reserva também teria atuado na tentativa de golpe de Estado e assassinato de autoridades.
Em mensagens identificas pela PF, o general Mário Fernandes em conversa com o coronel Marcelo Câmara, assessor de Jair Bolsonaro (PL), sugere que o ex-ministro e general Braga Netto assuma o Ministério da Defesa. Na ocasião, Braga Netto havia sido companheiro de chapa de Bolsonaro nas eleições presidenciais.
Anteriormente, Braga Netto chefiou a Defesa entre março de 2021 e abril de 2022. Também na gestão Bolsonaro, ele ocupou o cargo de ministro-chefe da Casa Civil entre fevereiro de 2020 e março de 2021.
Como mostrou a CNN, o ex-presidente conheceu em 2019 o general da reserva Mário Fernandes, durante agenda oficial no Comando de Operações Especiais (COpEsp), em Goiânia, onde ficam os chamados “kids pretos”.
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