Brasil avalia nota conjunta com Colômbia e México sobre Venezuela
Manifestação de governos de esquerda deve aumentar pressão sobre Nicolás Maduro
O Brasil avalia emitir declaração conjunta com Colômbia e México sobre o processo eleitoral na Venezuela.
Os países já se manifestaram individualmente pedindo transparência do resultado. Contudo, um posicionamento em grupo dos governos de esquerda aumentaria a pressão sobre o regime de Nicolás Maduro.
Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o colombiano Gustavo Petro e o mexicano André Manuel López Obrador são líderes que ainda mantém interlocução com o regime de Maduro.
Segundo a CNN apurou, os três países têm compartilhado visões semelhantes e adotado a cautela sobre a situação da Venezuela. A avaliação é que, neste momento, é importante manter a capacidade de diálogo com o governo Maduro e a capacidade de atuar na negociação em busca da estabilização política do país.
A diplomacia brasileira vê com preocupação a escalada da tensão na Venezuela e o endurecimento de Maduro. Um aumento da violência no país pode acelerar uma manifestação conjunta de Brasil, Colômbia e México.
Ao menos 749 pessoas foram presas devido aos protestos na Venezuela, segundo informou o procurador-geral do país, Tarek William Saab, nesta terça-feira (30). Além disso, seis pessoas morreram, de acordo com a ONG Fórum Penal.
A Venezuela também decidiu expulsar a equipe diplomática da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai após acusações de fraude eleitoral nas eleições de domingo, disse o governo em comunicado.
O regime Maduro disse que rejeita as acusações de um “grupo de governos de direita subordinados a Washington, abertamente comprometidos com as mais sórdidas posições ideológicas fascistas”.
O comunicado diz ainda estes países atacam a soberania da Venezuela ao não aceitarem os resultados anunciados pelo órgão alinhado a Nicolás Maduro.