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    Jussara Soares
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    Jussara Soares

    Em Brasília desde 2018, está sempre de olho nos bastidores do poder. Em seus 20 anos de estrada, passou por O Globo, Estadão, Época, Veja SP e UOL

    Bolsonaro volta à PF e, desta vez, não deverá ficar em silêncio sobre baleia jubarte

    Ex-presidente passou a ser investigado após um passeio de moto aquática que teria ocorrido no fim de semana de 16 e 17 de junho do ano passado

    Cinco dias depois de ter ficado em silêncio sobre a suposta trama golpista, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) volta a comparecer à Polícia Federal nesta terça-feira (27).

    Desta vez, intimado sobre importunação a uma baleia jubarte durante um passeio de jet-ski em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, ele deverá prestar os esclarecimentos aos investigadores, segundo sua defesa.

    O depoimento ocorrerá na sede da PF em São Paulo, às 14h30. Um dos advogados do ex-presidente, Fabio Wajngarten, também está intimado para o mesmo horário.

    Bolsonaro passou a ser investigado após um passeio de moto aquática que teria ocorrido no fim de semana de 16 e 17 de junho do ano passado. Na época, ele estava hospedado na casa de Fábio Wajngarten, seu advogado, que o acompanhava na atividade.

    O inquérito foi aberto baseado em um vídeo, postado em redes sociais, de que um jet-ski com motor ligado chegou a aproximadamente 15 metros do animal.

    A lei brasileira proíbe pesca e “molestamento intencional” desses animais nas áreas litorâneas. A pena para esse tipo de crime é de dois a cinco anos de prisão, além de multa.

    A investigação do caso da baleia jubarte é usada como exemplo por Bolsonaro e seus aliados como argumento de que há uma perseguição política indiscrimada ao ex-presidente.

    O depoimento ocorrerá dois dias após o ato na Avenida Paulista em que Bolsonaro reuniu uma multidão de apoiadores na tentativa de se defender da investigação da PF sobre um tentativa de golpe de Estado. Na quinta-feira (22), o ex-presidente silenciou no depoimento alegando que não tinha acesso integral ao inquérito, incluindo aí a delação do tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens.

    Na Paulista, Bolsonaro subiu no trio elétrico com um discurso calculado para não se complicar ainda mais com o inquérito. Pediu “pacificação”, falou em “passar uma borracha no passado” e rogou por anistia para os investigados e já condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023.

    Como mostrou o analista da CNN Caio Junqueira, o ex-presidente fica hospedado até a próxima quarta-feira (28) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, que fica localizado no Morumbi, na zona sul da capital.