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    Jussara Soares
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    Jussara Soares

    Em Brasília desde 2018, está sempre de olho nos bastidores do poder. Em seus 20 anos de estrada, passou por O Globo, Estadão, Época, Veja SP e UOL

    Ataques ao Exército após eleição de 2022 motivaram criação de regras para redes

    Em documento divulgado na semana passada pelo Exército, há alerta de que Força poderá "encaminhar às autoridades competentes" informações sobre comentários em redes sociais que incitem o ódio, violência e discriminação

    O aumento de ataques ao Exército nas redes sociais após as eleições de 2022, da qual o ex-presidente Jair Bolsonaro saiu derrotado, motivou a criação de regras sobre comentários e mensagens nos perfis da Forças.

    No documento Política de Moderação nas Redes Sociais divulgado pelo Exército na semana passada, há um alerta que a Força poderá “encaminhar às autoridades competentes” informações sobre comentários em suas redes sociais que incitem o ódio, a violência, a discriminação, entre outras situações.

    Após as últimas eleições presidenciais quando bolsonaristas acamparam na frente dos quarteis, os perfis do Exército nas plataformas digitais aumentaram exponencialmente o número de seguidores.

    Apenas no Instagram, passou de 2 milhões para 10 milhões seguidores – a maioria pedindo apoio ao um golpe de Estado.

    Com a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e após os atos golpistas de 8 de Janeiro, os comentários e mensagens nas redes sociais do Exército passaram a ser agressivas, com palavras de baixo calão e ataques pessoais ao comandante da Força, general Tomás Paiva, e outros generais.

    Atualmente, o número de seguidores no Instragram caiu para cerca de 6 milhões e segue a tendência de queda. A avaliação no Exército que é um período de reacomodação.

    Ao divulgar a nova Política de Moderação nas Redes Sociais, o Exército informou que o objetivo é garantir um ambiente democrático nas contas da instituição. Segundo a assessoria de imprensa da Força, “a ideia é regular, não censurar”.

    O documento, que já vinha sendo elaborado desde o ano passado, passou pelo departamento jurídico da instituição e poderá passar por ajustes a partir da sua implementação.

    O texto diz que o usuário que desrespeitar as normas poderá ser bloqueado imediatamente, independentemente de justificativa, consulta ou aviso. Ainda de acordo com a política, serão moderadas e/ou excluídas as mensagens que:

    1- Usem linguagem inapropriada, obscena, caluniosa, grosseira, abusiva, difamatória, ofensiva ou de qualquer outra forma reprovável;
    2- Concretizem apologia a práticas ilícitas;
    3- Incitem o ódio, a violência, o racismo ou façam discriminação de qualquer ordem;
    4 – Contenham ameaças, assédio, injúria, calúnia ou difamação, ou configurem qualquer outra forma de ilícito penal;
    5 – Divulguem conteúdos na forma de spam ou “correntes”;
    6- Caracterizem intuito comercial ou publicitário;
    7- Estejam repetidas, desde que publicadas pelo mesmo autor;
    8 – Sejam ininteligíveis ou descontextualizadas;
    9- Contenham propagandas político-partidárias;
    10 -Manifestações ou opiniões de cunho político ou ideológico;
    11- Contenham links suspeitos ou representem ameaça à segurança da informação;
    12 – Usem informações e imagem de pessoas e instituições indevidamente;
    13 – Contenham dados pessoais do autor ou de terceiros;
    14 – Violem os direitos de imagem e de propriedade intelectual;
    15 – Sejam fraudulentas ou promovam conteúdo inverídico.