Análise: Desistência de Biden dá alento ao governo Lula
Integrantes do governo brasileiro, reservadamente, admitiam que uma decisão sobre a continuidade do presidente americano na corrida presidencial deveria ser tomada o quanto antes
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Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden • 16/07/2024REUTERS/Tom Brenner
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Presidente dos EUA, Joe Biden • 12/07/2024REUTERS/Rebecca cook
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Presidente dos EUA Joe Biden em Madison, Wisconsin • 8/4/2024 REUTERS/Kevin Lamarque
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Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden • 08/04/2024REUTERS/Kevin Lamarque
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Presidente dos EUA, Joe Biden, em entrevista à BET • Reprodução/BET
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Presidente Joe Biden e Líder da maioria no Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer • 2024REUTERS
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Trump enfrentará o presidente democrata Joe Biden nas eleições de 5 de novembro. • Reuters
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Presidente dos EUA, Joe Biden • 12/07/2024REUTERS/Rebecca cook
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Presidente dos EUA, Joe Biden • 13/07/2024REUTERS/Tom Brenner
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Barack Obama e Joe Biden na Pensilvânia
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Presidente dos EUA, Joe Biden, dá entrevista coletiva em Washington • 11/07/2024REUTERS/Yves Herman
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Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, ouve Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, em reunião • 11/07/2024 REUTERS/Leah Millis
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O presidente dos EUA, Joe Biden, e a primeira-dama Jill Biden gesticulam ao deixar o palco durante comício de campanha em Raleigh, Carolina do Norte • REUTERS
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O presidente dos EUA, Joe Biden, a primeira-dama Jill Biden e as netas Finnegan e Natalie Biden caminham do Marine One para o Air Force One no Aeroporto Francis S. Gabreski em Westhampton Beach, Nova York. • REUTERS/Elizabeth Frantz
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O ex-presidente Donald Trump e o presidente Joe Biden durante o debate presidencial da CNN na quinta-feira em Atlanta • Will Lanzoni/CNN
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Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o ex-presidente Donald Trump participam do primeiro debate presidencial nos estúdios da CNN em Atlanta, Geórgia • Kyle Mazza/Anadolu via Getty Images
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Joe Biden durante debate organizado pela CNN • Austin Steele/CNN via CNN Newsource
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Presidente dos EUA, Joe Biden, na base aérea de Andrews, em Maryland • 11/03/2024 REUTERS/Kevin Lamarque
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Presidente Joe Biden fala sobre direito ao aborto • 18/10/2022 REUTERS/Leah Millis
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Placas promovendo o nome do presidente dos EUA, Joe Biden, nas eleições primárias democratas de New Hampshire, preparadas por estudantes de ciências políticas do St. Olaf College em Minnesota • 15/01/2024REUTERS/Elizabeth Frantz
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O presidente dos EUA, Joe Biden, discursa para marcar o terceiro aniversário do ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA em evento de campanha no Montgomery County Community College, Pensilvânia, EUA • 05/01/2024REUTERS/Eduardo Munoz
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A desistência do presidente americano Joe Biden de concorrer à reeleição neste domingo (21) é um alento para o governo Lula. Sobretudo, porque dá a chance do partido Democrata ter uma candidatura mais robusta para fazer frente ao ex-presidente Donald Trump e evitar uma vitória do republicano.
A volta de Trump à Presidência dos Estados Unidos contrata problemas graves para as relações com o Brasil, em especial nas questões ambientais, com imigrantes e na política regional.
Além disso, o retorno de Trump à Casa Branca favoreceria o discurso da extrema direita no mundo e fortaleceria aqui no Brasil o ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem é aliado.
Oficialmente, o governo brasileiro tratou a desistência de Biden como uma “questão política interna”. A orientação inicial é que não haja manifestação do Palácio do Itamaraty. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que declarou torcer por Biden, ainda mantém o silêncio.
Fato é que o desenrolar das eleições americanas vem sendo acompanhado com acentuada preocupação por diplomatas e assessores do Palácio do Planalto desde o desastroso desempenho de Biden no debate presidencial realizado pela CNN no dia 27 de junho.
A despeito de Lula ser considerado amigo de Biden, integrantes do governo brasileiro, reservadamente, admitiam que uma decisão sobre a continuidade do presidente americano na corrida presidencial deveria ser tomada o quanto antes. A avaliação era que a indefinição, à medida que expunha Biden ao desgaste público, favorecia Trump.
O atentado contra o ex-presidente durante um ato de campanha na Pensilvânia, no dia 13, aumentou a apreensão sobre o resultado das eleições americanas no dia 5 de Novembro.
Apesar disso, assessores da área internacional do governo Lula evitavam fazer projeções, alegando ainda ter mais de três meses para a votação. Também rejeitavam a comparação com a facada sofrida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha de 2018.
Agora, de maneira reservada, fontes do governo brasileiro afirmam esperar que os democratas encontrem uma candidatura viável para impedir o retorno de Trump. Embora Biden tenha apoiado sua vice Kamala Harris como candidata, a decisão cabe ao partido Democrata.
O Palácio do Planalto, por respeito ao presidente americano, ainda aguarda um pronunciamento de Biden para avaliar uma manifestação de apoio. Ao desistir, o democrata prometeu que falará à nação ainda nesta semana com mais detalhes sobre a decisão.