Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Jussara Soares
    Blog

    Jussara Soares

    Em Brasília desde 2018, está sempre de olho nos bastidores do poder. Em seus 20 anos de estrada, passou por O Globo, Estadão, Época, Veja SP e UOL

    No Conselho de Segurança, chanceler brasileiro vai defender reconhecimento da Palestina como membro pleno da ONU

    Mauro Vieira discutiu assunto anteriormente com ministros das Relações Exteriores de Bélgica, Espanha, Noruega e Portugal

    O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, confirmou participação na discussão aberta do Conselho de Segurança das Organizações das Nações Unidas (ONU), na próxima quinta-feira (18), que tem a presença de países não membros do colegiado.

    Segundo a CNN apurou, a prioridade de Mauro Vieira será defender que a Palestina seja reconhecida como um integrante pleno da ONU.

    O chanceler brasileiro tem se engajado nas articulações com a diplomacia de outros países para atender ao pedido da Autoridade Palestina, em meio à guerra de Israel e Hamas. No último fim de semana, Vieira tratou do tema com os chanceleres da Bélgica, Espanha, Noruega e Portugal.

    Antes da reunião na ONU, porém, o ministro vai discutir o posicionamento do Brasil sobre a retaliação do Irã a Israel com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante viagem a Colômbia. Lula se encontra nesta quarta-feira (17) com o presidente colombiano, Gustavo Petro.

    A nota do Itamaraty, emitida logo após o ataque, no sábado (12), foi alvo de críticas de entidades judaicas por não condenar diretamente o Irã, que lançou mais de 300 misseis e drones para o território israelense.

    Ao se manifestar sobre o conflito, o governo brasileiro disse que acompanhava a situação com “grave preocupação” e pediu “máxima contenção” para evitar uma “escalada”.

    Questionado na segunda-feira (15) por jornalistas sobre o tom adotado, o chanceler afirmou que “o Brasil condena sempre qualquer ato de violência e conclama sempre o entendimento entre as partes”, mas novamente evitou citar Irã diretamente.

    Mauro Vieria justificou que a nota foi escrita ainda na noite do ataque e o objetivo era evitar uma declaração que pudesse “contaminar” a situação.

    A CNN apurou que uma eventual revisão do tom adotado pelo Brasil até aqui deverá ser discutido com Lula durante a visita oficial à Colômbia, para onde o presidente embarcou na tarde de terça-feira (16).

    A nota divulgada pelo Itamaraty foi discutida por Lula com Mauro Vieira. Após a declaração pronta, o texto também foi submetido ao aval do presidente da República.

    Como mostrou a âncora Raquel Landim, da CNN, o governo brasileiro defendeu como “prioritário” evitar a escalada do conflito no Oriente Médio, mas entende que o mundo “não pode perder o foco” nos civis na Faixa de Gaza.