Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Jussara Soares
    Blog

    Jussara Soares

    Em Brasília desde 2018, está sempre de olho nos bastidores do poder. Em seus 20 anos de estrada, passou por O Globo, Estadão, Época, Veja SP e UOL

    Nunes focará em gestão para fugir de polarização com Boulos no 2º turno

    Candidato do PSOL aposta em colar imagem de Bolsonaro ao prefeito

    Na disputa pela reeleição, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) apostará na estratégia de focar na imagem de gestor para fugir da polarização que deverá ser explorada pela campanha do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).

    Na segunda etapa da disputa pela prefeitura, a expectativa é que tanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se engajem mais na campanha de seus aliados.

    Enquanto a estratégia de Boulos é explorar a rejeição de Bolsonaro na capital, a campanha do prefeito chega amparada no que consideram uma “leve vantagem” por ter um índice de rejeição menor.

    De acordo com o último Datafolha, Boulos é rejeitado por 38% dos paulistanos, enquanto 25% dos eleitores dizem que não votam de jeito nenhum em Nunes.

    A avaliação da equipe do prefeito é que foi justamente ao colocar aos questões da cidade no centro do debate é que Nunes conseguiu vencer a disputa particular pela direita com o candidato Pablo Marçal (PRTB).

    Em uma disputa apertadíssima, Nunes teve 29,48% dos votos válidos, Boulos, 29,07% e Marçal, 28,14%.

    Segundo integrantes da campanha, o prefeito seguirá insistindo na tecla que é o mais bem preparado e com capacidade de administrar a maior cidade do país.

    A ideia é enfatizar ao eleitor que quem administrará a cidade será Nunes ou Boulos, não seus aliados políticos Bolsonaro e Lula, respectivamente.

    O tom que as duas campanhas adotará nas próximas semanas até a eleição no dia 28 foi antecipado no discurso dos dois candidatos após passarem ao segundo turno neste domingo (6).

    Boulos buscou colar a imagem de Bolsonaro a Nunes, enquanto o prefeito falou que estão em disputa a “ordem e a desordem” e “a boa gestão e a interrogação”.

    “Do lado de lado nós temos o candidato apoiado pelo Bolsonaro. Um candidato que acredita que o Bolsonaro fez tudo certo na pandemia. Um candidato que no primeiro turnos se colocou contra a vacina. Um candidato que acredita que o 8 de janeiro foi apenas um encontro de idosas e não uma tentativa de golpe. Do lado de cá, temos um time que ajudou a resguardar a democracia no Brasil. Temos o presidente Lula, vice presidente Geraldo Alckmin, a ministra Marina Silva e todos aqueles que a dois anos se juntaram para resguardar a democracia no Brasil”, disse o candidato do PSOL.

    Por sua vez, Ricardo Nunes discursou ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o principal fiador da sua campanha, enquanto Bolsonaro se manteve distante até o último momento.

    “Tenho uma mensagem importante ao povo de São Paulo. Está em jogo situações muito antagônicas. A diferença entre a ordem e a desordem. Entre a experiência e a inexperiência. A boa gestão e a interrogação. Entre o diálogo, a ponderação, o equilíbrio e o radicalismo”, disse o prefeito.

    Tópicos