O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) escolheu Angra dos Reis, cidade da Costa Verde Fluminense onde tem uma casa na Vila de Mambucaba, como uma das suas prioridades nas eleições municipais deste ano.

Bolsonaro se envolveu pessoalmente na escolha do candidato a prefeito, Renato Araújo (PL), e voltará à cidade na reta final da campanha na próxima semana.

A visita do ex-presidente ocorrerá após relatos do atual candidato de ter sido alvo de tiros durante uma caminhada em uma comunidade de Angra dos Reis, no último sábado (21). Ninguém ficou ferido.

O caso foi registrado na Polícia Federal e na Polícia Civil. Vídeos mostram o momento em que teriam ocorrido os disparos.

O ex-presidente indicou Renato Araújo após romper com o atual prefeito Fernando Jordão (MDB), que o apoiou na disputa pela presidência em 2022.

O rompimento, segundo apurou a CNN, se deu porque Bolsonaro não concordou com o nome do candidato Cláudio Ferreti (MDB) para suceder Jordão.

Com isso, Renato Araújo, empresário amigo do senador Flávio Bolsonaro (PL), foi o ungido para ir para disputa com o apoio bolsonarista.

Bolsonaro tem uma casa em Angra dos Reis. Durante o seu mandato, disse querer transformar a cidade em uma “nova Cancún” e defendeu flexibilização de medidas ambiental.

À CNN, aliados afirmaram que o interesse de Bolsonaro em Angra dos Reis é que é a cidade escolhida por ele para passar a aposentadoria. Há décadas o ex-presidente tem uma casa de veraneio na Vila Histórica de Mambucaba, onde costuma sair para pescar.

Neste ano, Bolsonaro escolheu a casa de veraneio para passar férias. No período em que ficou lá recebeu eleitores em uma espécie de “cercadinho”.

A casa foi alvo de operação da Polícia Federal duas vezes neste ano. No dia 29 de janeiro, agentes fizeram busca e apreensão no âmbito do inquérito da Abin Paralela, que investiga o uso a órgão de inteligência para monitorar adversários da família Bolsonaro. O alvo era o filho do ex-presidente, o vereador Carlos Bolsonaro.

No dia 8 de fevereiro, Bolsonaro, ainda na residência de veraneio, foi alvo de outra operação no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado. Na ocasião, a PF tinha ordem para apreender o passaporte de Bolsonaro. O documento não estava no local e foi entregue em Brasília.

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