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    Julliana Lopes
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    Julliana Lopes

    Foi repórter no SBT e na CNN em Brasília. Agora em SP, Julliana trouxe na bagagem vasta experiência em coberturas no Congresso e no governo federal

    Caso Marielle: campanha eleitoral pode salvar mandato de Chiquinho Brazão por mais alguns meses

    Com eleições municipais, parecer sobre a cassação pode ficar em segundo plano na Câmara dos Deputados. Advogados se apoiam em calendário como estratégia de defesa do parlamentar.

    Ainda que pautada para a próxima semana, a análise do parecer sobre a cassação do mandato de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) pode ser concluída somente depois das eleições municipais.

    A avaliação de integrantes do conselho de ética da Casa — e também dos advogados do deputado federal — considera o Congresso esvaziado em ano eleitoral e o ritmo lento de apreciação de pautas.

    Preso desde março, Brazão é investigado como um dos mandantes do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco.

    Ele entrou na mira do Conselho de Ética da Câmara em abril e corre o risco de perder o mandato.

    Na análise da cassação, membros do colegiado consideram a possibilidade de um pedido de vista na próxima quarta-feira (28).

    Um adiamento poderia jogar a votação do relatório para o fim de setembro, durante mais um período de esforço concentrado na Casa.

    O processo só é concluído após votação em plenário, o que praticamente anula a possibilidade de conclusão do trâmite antes do fim das eleições.

    O deputado ainda pode recorrer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

    O trâmite esticado é visto como uma vitória pelos advogados de Chiquinho Brazão. A defesa já pediu que a cassação seja substituída por uma suspensão do mandato, pelo prazo de 6 meses.

    Nesse período, a expectativa é por um veredito do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso. E, num cenário otimista para a equipe de defesa, um julgamento favorável ao parlamentar.

    Enquanto o rito não se define, advogados criticam internamente os trabalhos conduzidos pelo Conselho de Ética.

    A avaliação é de que as principais testemunhas do caso não foram ouvidas e o julgamento segue ancorado, apenas, na delação de Ronnie Lessa, o ex-policial que apontou os mandantes do crime.

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