PL quer contratar pesquisa sobre operação da PF e Bolsonaro como cabo eleitoral
Pesquisa deve ser feita na próxima semana, cerca de dez dias após a deflagração da operação e passado o feriado do Carnaval
O PL deve contratar uma pesquisa de opinião pública para avaliar o impacto da Operação Tempus Veritatis – investigação da Polícia Federal (PF) sobre uma trama golpista durante o governo Jair Bolsonaro – e o quanto essa apuração afeta ou não o poder de transferência de votos do ex-presidente nas eleições municipais.
A pesquisa deve ser feita na próxima semana, cerca de dez dias após a deflagração da operação e passado o feriado do Carnaval.
Integrantes da legenda disseram à CNN que uma das perguntas mais importantes do levantamento será questionar se os entrevistados votariam ou não em um candidato a prefeito indicado por Bolsonaro. O trabalho de campo terá abrangência nacional, isto é, vai ouvir pessoas nas cinco regiões do país.
O ex-presidente teve o passaporte apreendido no dia 8 e ex-ministros de seu governo foram alvo de mandado de busca e apreensão, incluindo pessoas próximas como o ex-titular do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e o ex-candidato a vice-presidente Walter Braga Netto (PL), ambos generais da reserva do Exército.
O próprio presidente do PL, Valdemar Costa Neto, chegou a passar duas noites na Superintendência da PF em Brasília por posse ilegal de arma de fogo – o dirigente partidário foi detido em flagrante durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência, mas foi liberado por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 10. Ele passou o Carnaval no interior de São Paulo, segundo pessoas próximas.
No começo do ano, o PL contratou outra pesquisa para consumo interno a fim de avaliar o potencial eleitoral nacional não só de Bolsonaro, mas do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e da ex-primeira-dama Michele Bolsonaro.