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    Uribe tem duas paixões: política e café. Cobriu 4 presidentes e 4 eleições presidenciais. E acorda todo dia às 5h da manhã para trazer em primeira mão os bastidores do poder

    Lula deve pedir apoio a Rússia e China para mudança na ONU

    Em encontro dos BRICS, brasileiro também deve defender que Rússia e Ucrânia iniciem diálogo para acordo de paz

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende pedir o apoio da Rússia e da China para a reformulação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

    A ideia, segundo diplomatas brasileiros, é de que o endosso seja solicitado na próxima semana, durante viagem do presidente à Rússia para encontro dos BRICS.

    Lula reforçará em discurso público que a ONU precisa ser reformulada em 2025, quando a Carta das Nações Unidas completa 80 anos, para se adequar às mudanças da atualidade.

    E que uma reforma deve passar pela inclusão de mais integrantes com poder de veto no Conselho de Segurança, hoje formado por cinco nações: França, Reino Unido, Estados Unidos, Rússia e China.

    O apoio da Rússia e da China é crucial para que o Brasil tenha chances de entrar como membro definitivo no Conselho de Segurança. Hoje, os dois países resistem a uma mudança.

    A França e os Estados Unidos, por outro lado, já sinalizaram com simpatia a possibilidade de uma entrada do Brasil.

    Além do Brasil, Alemanha e Japão também reivindicam há anos a entrada no grupo de países. A África do Sul e a Índia também se juntaram ao pleito.

    Lula pretende aproveitar a reunião do G20 em novembro, no Rio de Janeiro, para arrancar o compromisso das potências presentes por uma alteração no órgão mundial.

    Na reunião dos BRICS, Lula também deve reafirmar a defesa de que Rússia e Ucrânia sentem à mesa para uma negociação que ponha fim à guerra entre os dois países.

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou a proposta do Brasil e da China, que abre brecha para a Rússia anexar regiões ucranianas ocupadas.

    A ideia é que Lula diga que a proposta sino-brasileira não precisa ser adotada. Mas que a proposta é que ela inicie uma rodada de negociações entre Putin e Zelensky.

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