O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem resistido à proibição da reeleição no Brasil e avaliado que a medida poderia fazer o país destoar de outros regimes democráticos.

A avaliação tem sido compartilhada pelo petista, desde o início deste ano, com senadores e assessores.

Para Lula, acabar com a possibilidade de um mandatário disputar um novo mandato seria um erro.

O Senado Federal pretende colocar em votação neste mês uma proposta que acaba com a reeleição para cargos do poder executivo. O presidente da Casa Legislativa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), defende a iniciativa.

Pelo esboço da proposta, a nova regra valeria a partir de 2030 e estabeleceria um mandato de cinco anos para prefeitos, governadores e presidente.

A resistência de Lula não é compartilhada por mandatários identificados com a direita, como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).

Outra opção avaliada é limitar os mandatos de senadores. Com o fim da reeleição, o mandato de oito anos passaria para dez, sem direito a um mandato consecutivo.

O poder legislativo também discute a possibilidade de uma coincidência das eleições. Ou seja, não teríamos mais duas eleições: uma municipal e outra nacional. Seria apenas uma.