O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem defendido que candidaturas de esquerda foquem o debate eleitoral deste ano na discussão econômica.

O petista alertou recentemente um grupo de aliados, segundo relatos feitos à CNN, para que temas referentes à chamada “pauta de costumes” sejam evitados.

A avaliação no Palácio do Planalto é de que, diante da melhora dos índices econômicos, as candidaturas de direita devem focar o debate eleitoral em temas como drogas e aborto.

E que, dar margem a esse tipo de discussão, com a defesa de bandeiras progressistas, alimenta o discurso dos conservadores e afasta o eleitorado evangélico, que ainda resiste ao governo petista.

A bancada federal do PL, de Jair Bolsonaro, quer, inclusive, levar adiante neste ano medidas relativas à pauta de costumes no Congresso Nacional.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), no entanto, já sinalizou que quer evitar polêmica e não deve pautar os temas no plenário da Casa Legislativa.

Lula, inclusive, programa para março o início do cumprimento de agendas políticas em São Paulo e no Rio de Janeiro ao lado de Guilherme Boulos (PSOL) e Eduardo Paes (PSD), respectivamente.

Em Belo Horizonte, o presidente quer aguardar a definição do quadro eleitoral. Ou seja, se o PT terá mesmo candidatura própria ou apoiará a reeleição do atual prefeito.