Após repercussão de estadia na embaixada da Hungria, Bolsonaro diz a aliados que tem amizade com diplomatas
Ex-presidente negou a esses assessores irregularidade em visita a embaixada da Hungria
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou para aliados que tem “amizade” com diplomatas e negou irregularidades durante estadia na embaixada da Hungria.
As declarações nos bastidores ocorrem após o jornal The New York Times ter noticiado que Bolsonaro passou duas noites na Embaixada da Hungria, em Brasília, logo depois que a Polícia Federal apreendeu o passaporte dele em investigação que apura suposto golpe de Estado.
Vídeos das câmeras de segurança da embaixada, os quais a reportagem do jornal norte-americano teve acesso, mostram Bolsonaro acompanhado de dois seguranças sendo recebido pelo embaixador húngaro, Miklós Halmai.
Alvo de investigações criminais, o ex-presidente não poderia ser preso estando em uma embaixada estrangeira, porque a área está legalmente fora do alcance das autoridades nacionais.
Segundo o The New York Times, a estadia no local sugere que Bolsonaro estava tentando “alavancar a sua amizade com um colega líder de extrema direita, o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban”.
Bolsonaro chamou Orbán de seu “irmão” durante uma visita à Hungria em 2022. Em dezembro do ano passado, Bolsonaro e o primeiro-ministro húngaro se reuniram em Buenos Aires na posse do novo presidente da direita Argentina, Javier Milei. Lá, Orbán chamou Bolsonaro de “héroi”.
A CNN tenta contato com o ex-presidente para comentar o assunto. No entanto, até o momento, não obteve retorno. A embaixada da Hungria também foi procurada, mas ainda não deu retorno.