Postura agressiva e falta de articulação comprometem futuro político de Marçal, avaliam dirigentes de direita
Diagnóstico é de que empresário precisa de capilaridade política para ganhar peso nacional
Em evidência na disputa de São Paulo, o empresário Pablo Marçal (PRTB) sairá da disputa à prefeitura da capital paulista com dividendos eleitorais independentemente do resultado. A avaliação é de dirigentes de siglas da direita, como PL, PP e Republicanos.
O candidato do PRTB tornou-se uma espécie de fenômeno político das eleições municipais. Para ganhar notoriedade nacional, no entanto, políticos ouvidos pela CNN ressaltam que o empresário precisa mudar de postura e trocar de partido.
O diagnóstico é de que, ao adotar uma postura agressiva, Marçal gera rejeição do eleitorado de centro e inviabiliza o apoio da classe política.
Esses dirigentes da direita consideram que, mesmo que vença a disputa para a prefeitura de São Paulo, Marçal só terá futuro político se aprender a fazer articulação política.
Um dos partidos que chegou a flertar com Marçal foi o União Brasil. O PL também chegou a abrir negociação com o empresário antes de ele se lançar candidato a prefeito. A postura do empresário, no entanto, inviabiliza hoje uma futura filiação.
Marçal não nega ambição de se candidatar à sucessão presidencial. O movimento, reconhecem os líder de direita, poderá antecipar a escolha de Jair Bolsonaro.
A ideia de aliados é que o ex-presidente se registre como candidato, mesmo ciente de que terá a candidatura impugnada. Só após a confirmação do impedimento ele apontaria um nome para representá-lo.
A eventual movimentação de Marçal a partir de 2025, no entanto, deve pressionar pela antecipação desse processo de escolha.