O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, disse à CNN que o empresário Pablo Marçal (PRTB) fechou as portas com o partido de Jair Bolsonaro.

O dirigente partidário lembrou que o candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo chegou a conversar com o partido.

A ideia sugerida era que o empresário se lançasse candidato ao Senado Federal, por São Paulo, em 2026. Ele, porém, manteve a intenção de disputar a capital paulista.

“Hoje, acho muito difícil [a entrada de Marçal no PL]. Ele fechou as portas com o PL”, disse o dirigente do partido.

Para Valdemar, Marçal deveria ter se inspirado em Bolsonaro que, antes de disputar um cargo ao Poder Executivo, permaneceu por 27 anos na Câmara dos Deputados.

“Ele poderia ter utilizado a inteligência e o carisma dele para entrar na política como a maioria das pessoas. É um processo político. Ele deveria ter ido devagar”, defendeu o dirigente de direita.

Marçal disputa com Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) uma vaga no segundo turno em São Paulo.

A expectativa é de que, caso seja derrotado, Marçal se filie a um partido maior para disputar a Presidência da República em 2026.

Distância de Bolsonaro

À CNN, Valdemar reforçou também as dificuldades em fazer uma campanha municipal sem poder tratar diretamente com seu principal cabo eleitoral. Investigados no inquérito que apura o golpe de Estado, os dois estão proibidos de manter contato por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

“Isso me atrapalha vida e também a campanha municipal de São Paulo”, disse.

Hoje, quem faz a ponte entre Bolsonaro e Valdemar é o senador Rogério Marinho (RN), secretário-geral do PL. Como mostrou a CNN, o partido reduziu de 1 mil para 600 a meta conquista de prefeituras neste ano.

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