O governo federal avalia alternativas políticas para a ex-prefeita Marta Suplicy caso o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, seja derrotado no domingo (27).

Marta deixou a gestão do prefeito Ricardo Nunes, do MDB, e se filiou ao PT para ser candidata a vice-prefeita de Boulos na capital paulista.

O Índice CNN, agregador de pesquisas da CNN Brasil, mostra uma vantagem consolidada de Nunes sobre Boulos a três dias do segundo turno.

Como uma espécie de compensação a Marta, caso ela demonstre disposição, o Palácio do Planalto avalia um cargo federal para a petista ou apoio na disputa eleitoral em 2026.

Segundo dirigentes petistas, Marta tem preferência em prosseguir em São Paulo. Por isso, Lula deve discutir com a ex-prefeita, após o segundo turno, as expectativas dela antes de oferecer alternativas.

No Palácio do Planalto, a defesa é de que a petista ocupe, em um primeiro momento, uma secretaria ou autarquia federal. E, no futuro, seja candidata.

Uma opção citada seria a disputa ao Senado Federal em São Paulo, em 2026. Com receio de crescimento da direita, Lula defende o apoio, em cada unidade federativa, de um nome de esquerda e outro de centro.

Lula pretende, assim, atrair para sua candidatura à reeleição partidos como MDB e PSD. Para isso, o presidente acena com apoios aos governos estaduais e ao Senado Federal.

Em São Paulo, a defesa no governo federal é de que Lula apoie ao Palácio dos Bandeirantes um nome de perfil moderado. Os favoritos são Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSB).

Uma saída de Alckmin para as eleições em São Paulo permitiria, por exemplo, que Lula compusesse com o MDB em uma chapa à sucessão presidencial.