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    Uribe tem duas paixões: política e café. Cobriu 4 presidentes e 4 eleições presidenciais. E acorda todo dia às 5h da manhã para trazer em primeira mão os bastidores do poder

    Boulos abandona estilo “paz e amor”; Nunes deve explorar questões ideológicas

    Candidatos disputam eleitorado de Pablo Marçal; maioria apoia atual prefeito

    O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, deve abandonar o perfil “paz e amor” na campanha ao segundo turno.

    Se no primeiro turno o deputado federal priorizou um tom de voz calmo e uma postura pacífica, a ideia agora é imprimir um estilo firme e destemido.

    O objetivo, dizem integrantes da campanha eleitoral, é fazer um contraponto ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) e tentar atrair o eleitorado de Pablo Marçal (PRTB) e de José Luiz Datena (PSDB).

    Já a campanha de Nunes ainda avalia uma estratégia para evitar perder o eleitorado do empresário e do apresentador.

    A ideia, neste momento, é reforçar que Boulos não tem experiência na gestão municipal. E de que o parlamentar representa pautas de esquerda, que não têm a concordância dos eleitores de direita.

    Além disso, Nunes deve reforçar o discurso de que o parlamentar representa a “extrema-esquerda”.

    Os dois ensaiaram as estratégias no debate da TV Bandeirantes, na noite de segunda-feira (14). O primeiro do segundo turno.

    Em mais de uma oportunidade, o parlamentar disse que a gestão de Nunes era apagada e que a capital paulista precisa de alguém atuante e de coragem.

    Já Nunes disse que Boulos não saberia o que é trabalhar e que as pesquisas fizeram mal ao candidato do PSOL – o atual prefeito aparece na liderança em todos os levantamentos.

    O formato do debate possibilitou a aproximação entre os candidatos. Em um dos momentos, o prefeito disse que não se sentia ameaçado por Boulos e até mesmo o abraçou.

    Com a estratégia de atrair o eleitorado de Marçal, Boulos reforçou o discurso de combate à corrupção e sinalizou aos empreendedores individuais.

    Por quatro vezes, o deputado perguntou ao prefeito se ele aceitaria abrir o sigilo de suas contas bancárias.

    Nunes tergiversou e não se comprometeu a expor seus rendimentos bancários. A avaliação na campanha de esquerda é de que o prefeito “mordeu a isca”.

    A ideia agora é explorar o assunto nos palanques eletrônicos, televisão e rádio, e nas redes sociais para tentar atrair os eleitores de Marçal e Datena.

    A bandeira de combate à corrupção, aliás, fez parte do discurso dos dois candidatos ao longo do primeiro turno.

    Na tentativa de acenar aos empreendedores, Boulos prometeu que motoristas de aplicativo estarão isentos dos rodízios de carro em São Paulo.

    A última pesquisa Datafolha mostrou que 84% dos eleitores de Marçal declaram apoio a Nunes no segundo turno.

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