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    Gustavo Uribe

    Uribe tem duas paixões: política e café. Cobriu 4 presidentes e 4 eleições presidenciais. E acorda todo dia às 5h da manhã para trazer em primeira mão os bastidores do poder

    Análise: Paes e Ramagem criticam padrinhos políticos e fazem embate sobre segurança pública em 1º debate na TV

    Os dois melhores colocados nas pesquisas de intenção de voto no Rio de Janeiro exploraram Lula e Castro como munição eleitoral

    O primeiro debate eleitoral televisivo no Rio de Janeiro foi marcado por um embate ideológico entre direita e esquerda, com referências aos padrinhos políticos dos principais candidatos.

    O atual prefeito, Eduardo Paes, do PSD, foi mais de uma vez associado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ex-governador Sergio Cabral durante o debate da Band.

    Já o candidato do PL, Alexandre Ramagem, foi chamado de afilhado político do governador Cláudio Castro e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    As referências tiveram como objetivo criticar o atendimento de saúde, o transporte público e as políticas de segurança pública do Rio de Janeiro.

    Em busca da reeleição, Paes protagonizou as críticas dos adversários, sem ser poupado nem mesmo pelo candidato do PSOL, Tarcísio Motta.

    Sem citar nomes, Motta disse que, diferentemente de “alguém”, não pretende esconder Lula de sua campanha eleitoral. O candidato de esquerda criticou tanto a “extrema direita” como o “governo de continuidade”.

    Segurança pública

    Em um embate direto com Ramagem, Paes afirmou que o Rio de Janeiro vive uma “crise de segurança pública” em todo o estado fluminense e ressaltou que ela é causada pelo grupo político que comanda o Palácio Guanabara.

    Para o prefeito, houve uma “politização na segurança pública”, com a indicação de aliados políticos para postos estratégicos. Paes afirmou que o responsável é o “padrinho político” de Ramagem, em uma referência a Castro.

    Já Ramagem citou que já foi assaltado no Rio de Janeiro e ressaltou que a capital fluminense foi tomada pela “violência” e pelo “caos”. Ramagem chamou Paes de “soldado do Lula”.

    A referência ao presidente também foi feita pelo candidato do União Brasil, Rodrigo Amorim, que fez uma espécie de dobradinha com Ramagem. Amorim se referiu a Ramagem como “amigo”, afirmou que tentam transformar o Rio de Janeiro em um “bunker da esquerda” e chamou Paes de “filho ingrato” de Cabral.

    No embate ideológico, Motta fez referência ao escândalo da “Abin Paralela”, no qual Ramagem é investigado, e disse que o deputado federal tem apoio do ex-prefeito Marcelo Crivella.

    Em uma estratégia de crescer sobre o eleitorado de direita, Ramagem fez questão de citar mais uma vez o apoio de Bolsonaro durante o debate eleitoral, mas evitou fazer defesa enfática de Castro.

    O candidato do PP, Marcelo Queiroz, preferiu focar as suas respostas em propostas para transporte e educação, defendendo mudanças em políticas públicas da atual gestão.

    Em um dos embates com Paes, Queiroz perguntou se o prefeito se compromete, caso seja reeleito, a permanecer os quatro anos à frente do cargo. Paes respondeu que cumprirá o mandato integralmente.

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