Aviõezinhos de goma e batatinhas à vontade? Só para um público menor, diz CEO da Azul
Empresa muda serviço de bordo e vai começar a vender cerveja, vinho e sanduíches quentes
A disparada do dólar e os problemas em Porto Alegre fizeram a Azul apertar o cinto. O esforço mais visível é a renegociação de US$ 600 milhões com credores. Há, porém, outra medida que pode ser muito mais dura para passageiros: o fim das comidinhas à vontade nos voos.
“A Azul sempre foi conhecida por ter snacks à vontade para todo mundo. Isso talvez vá existir, mas só para um público menor”, disse o CEO da aérea, o norte-americano John Rodgerson que mora há 15 anos no Brasil.
O executivo que tenta renegociar a dívida bilionária da empresa explicou à CNN que o serviço de bordo da empresa está mudando para que a companhia possa gerar mais receita. “Eu tenho que olhar o mercado, né? E o dólar a R$ 6 é diferente do dólar a R$ 3”, explicou.
Com a mudança, a Azul pretende começar a vender comida a bordo. Entre os itens, ele cita cerveja, vinho e sanduíches quentes.
Mas quem vai continuar recebendo à vontade os aviõezinhos de goma ou as batatas chips? O CEO responde: quem for fiel à empresa ou pagar por isso. “Se você compra o espaço Azul (assentos mais espaçosos na frente do avião) ou se você é cliente mais fiel. Dar tudo para todo mundo, sem que esse passageiro seja um cliente fiel, não é um bom negócio”.