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    Fernando Nakagawa
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    Fernando Nakagawa

    Repórter econômico desde 2000. Ex-Estadão, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Paulistano, mas já morou em Brasília, Londres e Madri

    Dia do Trabalho: Brasil tem 100 milhões de empregados e salário médio de R$ 3.123

    Maior grupo é de CLT, mas emprego informal é o que mais cresceu em cinco anos

    O Brasil tem 100 milhões de trabalhadores. O dado foi divulgado na terça-feira (30), véspera do feriado do Dia do Trabalhador. Nesse grande universo de pessoas ocupadas, o salário médio é de R$ 3.123. Por trás do número, porém, há grandes diferenças.

    A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) visita milhares de lares brasileiros durante todos os meses do ano para mapear a força de trabalho no Brasil.

    Ao consultar a remuneração dos trabalhadores, os empregados com registro em carteira apresentaram rendimento médio de R$ 2.896, ou seja, essa é a média mensal do rendimento dos CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).

    O valor dos registrados supera o salário dos que têm ocupação por conta própria – como os vendedores autônomos ou motoristas de aplicativo –, que recebem R$ 2.532. Os informais têm rendimento inferior, de R$ 2.182, e são as pessoas que trabalham em empresas, mas não têm nenhum tipo de vínculo trabalhista.

    Esses três grupos compõem as principais categorias de ocupação do mercado de trabalho brasileiro, segundo a Pnad.

    Já o maior valor médio é dos empregadores, com R$ 7.704 por mês. São os donos das empresas, e que têm funcionários. Esse valor é mais de seis vezes superior à média salarial dos empregados domésticos, que têm rendimento de R$ 1.189 – o menor da pesquisa do IBGE.

    O valor médio pago aos domésticos, inclusive, é inferior ao salário mínimo de R$ 1.412, que vale desde o 1º de janeiro de 2024. Na média, os domésticos ganham 15% menos que o piso nacional.

    Onde trabalhamos?

    Quando observamos o número de pessoas, o maior grupo é o de trabalhadores com carteira assinada. Os CLT somam 38 milhões de pessoas. Em cinco anos, esse universo aumentou 15%. Esse é o maior grupo, mas não o que mais cresceu.

    No período, o grupo dos que trabalham informalmente subiu 20% e atualmente são 13,4 milhões de pessoas nessa situação. O grupo de trabalhadores por conta própria aumentou 7% em cinco anos, para 25,4 milhões. O ritmo é bem parecido com o emprego no setor público, que aumentou em 6%.