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    Fernando Nakagawa
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    Fernando Nakagawa

    Repórter econômico desde 2000. Ex-Estadão, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Paulistano, mas já morou em Brasília, Londres e Madri

    Argentina aumenta salário mínimo em 30%, mas inflação supera os 250%

    Mínimo a ser pago aos trabalhadores formais passa de 156 mil pesos para 180 mil em fevereiro e 202,8 mil em março

    O governo Javier Milei anunciou o reajuste do salário mínimo e das aposentadorias. A partir de março, o valor pago aos trabalhadores subirá 30% na comparação com o atual valor. No caso das aposentadorias, o aumento é de 27,18%. A inflação anual na Argentina gira em 254,2%.

    O anúncio para o salário mínimo prevê dois reajustes: um em fevereiro e outro em março.

    Assim, o mínimo a ser pago aos trabalhadores formais passa de 156 mil pesos para 180 mil em fevereiro e 202,8 mil em março. O aumento total, portanto, será de 30% na comparação com o valor atual, decidido em dezembro do ano passado.

    Pelo câmbio oficial, o salário mínimo passa a cerca de R$ 1.188.

    Para os aposentados, o reajuste é ligeiramente menor: de 27,18%. Nesse caso, o valor mínimo pago pelo sistema público de previdência passa de 105,7 mil pesos para 134,4 mil pesos.

    Pelo câmbio oficial, o novo valor equivale à cerca de R$ 790 – menos que a aposentadoria mínima no Brasil que segue o salário mínimo.

    O reajuste foi anunciado pelo governo diante do impasse nas negociações entre trabalhadores e empregadores. As negociações para reajuste salário não avançaram e não houve acordo.

    No fim de semana, o Observatório da Dívida Social Argentina, grupo da Universidade Católica Argentina, atualizou a pesquisa sobre a pobreza no país. E o indicador piorou e mostra que 57,4% da população em janeiro era considerada pobre, o nível mais alto em pelo menos 20 anos