Piada entre bolsonaristas, “importunação da baleia” é caso com robustez, avalia PF
Apoiadores de Jair Bolsonaro têm divulgado tese de instrumentalização da PF para perseguição política
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro tratam como “piada” e expressão máxima da “perseguição política” a investigação da Polícia Federal (PF) que apura se ele importunou uma baleia jubarte, ao se aproximar do animal durante passeio de moto aquática em São Sebastião, no litoral de São Paulo, no meio do ano passado. A pena é de dois a cinco anos de prisão mais multa.
Fontes da Polícia Federal ligadas à investigação disseram à CNN que há “robustez” de provas para configurar o cometimento do crime ambiental, já que há registros em vídeo publicados nas redes bolsonaristas.
Entretanto, a lei fala em “molestamento intencional” e é justamente pela falta de intencionalidade que a defesa do ex-presidente deve se orientar. Nesta terça-feira (27) ele presta depoimento sobre este caso.
Sobre as acusações de perseguição, membros da PF argumentam que não houve instauração de inquérito de ofício, ou seja, por iniciativa própria.
E que a corporação agiu após requerimento do Ministério Público Federal, embasado em multa aplicada pelo Ibama, responsável por fiscalização ambiental.