O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, serão os condutores da articulação política para aprovar no Congresso Nacional o pacote de corte de gastos do governo.

A ideia é estabelecer “linha direta” de Lula e Haddad especialmente com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Lira está rompido com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, principal articulador político do governo no Congresso. Por isso, a ideia no Palácio do Planalto é de tratamento “especial” à tramitação do pacote, considerado fundamental para recalibrar as expectativas do mercado financeiro.

Além de Haddad, o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, também vai participar ativamente das negociações.

Lula quer uma reunião pessoalmente com Lira e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para apresentar previamente o pacote fiscal.

Depois, os detalhes serão discutidos com a equipe econômica. Há duas semanas, Haddad já havia apresentado a Lira uma prévia das ideias em discussão para cortar despesas, em uma tentativa de ir estimulando a boa vontade do parlamentar ainda na fase de elaboração das medidas.

Padilha seguirá ajudando nas discussões com Pacheco, com líderes partidários e presidentes de partido.

A discussão do pacote de corte de gastos está prestes a ser concluída e anunciada.

O objetivo é corrigir as despesas do governo para adequar as contas ao arcabouço fiscal.