Sistemas nacionais ajudam a blindar governo de crises como a da CrowdStrike
Grande parte da estrutura governamental é protegida por sistemas desenvolvidos no país, o que reduz vulnerabilidade externa
O apagão cibernético que abalou aeroportos, bancos e outros sistemas em todo o mundo oferece pouco risco para o governo brasileiro, de acordo com fontes ouvidas pelo blog.
O motivo é que muitas das estruturas públicas que seriam sensíveis a crises como essas são protegidas por sistemas autônomos, desenvolvidos sob medida para o governo brasileiro pelo Serpro.
Segundo fontes da empresa, isso ajuda a assegurar, por exemplo, a proteção de informações de cidadãos brasileiros que estão na base de dados do governo.
Criado originalmente para fornecer a estrutura de dados da Caixa e, depois, da Receita Federal, o Serpro expandiu sua atuação ao longo dos anos e hoje desenvolve uma série de ferramentas de cybersegurança e tecnologia.
Os serviços da companhia alcançam inclusive clientes corporativos, porém, sempre como parte da execução de políticas públicas.
No caso específico dos aeroportos, segundo as fontes ouvidas pela CNN, a exposição a apagões cibernéticos como o desta sexta-feira (19) é maior. Isso porque as companhias aéreas contratam seus próprios sistemas de segurança. E, por isso, aquelas que utilizavam direta ou indiretamente tecnologias da CrowdStrike foram afetadas.