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    Clarissa Oliveira
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    Clarissa Oliveira

    Viveu seis anos em Brasília. Foi repórter, editora, colunista e diretora em grandes redações, como Folha, Estadão, iG, Band e Veja

    Saída de Pimenta da Secom pavimenta discussão sobre troca definitiva

    Troca na Secretaria de Comunicação Social é ventilada há pelo menos dois meses, apurou a CNN

    A troca de comando na Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República vem sendo ventilada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) há pelo menos dois meses, segundo relatos feitos ao blog por integrantes do seu time de confiança.

    Tratada oficialmente como temporária, a transferência de Paulo Pimenta para dar apoio à reconstrução do Rio Grande do Sul ocorre em meio à pressão por uma troca definitiva na pasta.

    O próprio presidente Lula tratou do assunto em conversas recentes, relatadas por interlocutores diretos ao blog.

    Em uma delas, Lula ouviu que precisa melhorar a relação do governo com a mídia. Que precisa tê-la como amiga, não como inimiga, e que o momento atual demandaria uma Secom mais “diplomática”.

    A conversa relatada ao blog ocorreu há cerca de dois meses.

    Lula deixou claro que não rifaria Pimenta e que fazia questão de prestigiar o amigo.

    Desde então, o nome do prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva (PT), passou a circular no Palácio do Planalto com força, pela forma como conduziu a Secom durante o governo de Dilma Rousseff.

    Edinho é visto pelo entorno de Lula como um nome de perfil conciliador.

    Edinho tem proximidade com os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais. A primeira-dama Janja da Silva também se aproximou de Edinho desde o início do mandato. Mas Lula nunca tratou do assunto com Edinho.

    A única conversa que o presidente teve com o prefeito vislumbra outro cenário: a possibilidade de ele substituir Gleisi Hoffmann na presidência do PT.

    O prefeito é cotado há tempos para a cadeira e chegou a ser citado até para outro ministério, no caso de uma reforma mais ampla.

    Mas a articulação esfriou nas últimas semanas, reforçando a ideia de que o comando do PT seria seu destino.

    Nos bastidores, Edinho mantém-se muito discreto sobre a possibilidade de um retorno ao governo.

    Ele repete às pessoas mais próximas que deixou claro, na conversa que teve com o presidente Lula, que gostaria de terminar seu mandato como prefeito de Araraquara.

    É consenso que uma possível ida dele para o comando do PT ou para o governo não ocorrerá antes do fim do ano.

    No Planalto, de qualquer forma, a ordem é tratar a ida de Pimenta para o Rio Grande do Sul como temporária: seriam quatro meses, período após o qual o ministro retornaria à Secom.

    Mas poucos no entorno de Lula compram essa ideia. Enquanto isso, Laércio Portela assume interinamente.

    Laércio é citado pelo Planalto como uma escolha de Pimenta. Mas sua experiência na comunicação de governos petistas vai muito além da relação com o ministro. Remonta à época em que a pasta ficava sob comando de Franklin Martins, no segundo mandato de Lula.