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    Clarissa Oliveira
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    Clarissa Oliveira

    Viveu seis anos em Brasília. Foi repórter, editora, colunista e diretora em grandes redações, como Folha, Estadão, iG, Band e Veja

    Petróleo na Margem Equatorial trará tensão entre Magda e Marina, dizem fontes

    Troca de comando na Petrobras alimenta ofensiva de setores do governo para pressionar Meio Ambiente a liberar exploração

    Tido como prioritário por Magda Chambriard, o debate sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial — que se estende pelo litoral do Rio Grande do Norte ao Amapá — terá como resultado imediato uma tensão brutal entre a indicada para presidir a Petrobras e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

    A avaliação foi feita ao blog por integrantes do governo e representantes da companhia, em especial aqueles que mantinham relação próxima com o ex-presidente da empresa, Jean Paul Prates.

    O entendimento no governo é que será indispensável uma intervenção direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o projeto avance.

    Magda já explicitou a Lula a vontade de priorizar a proposta. E tem aval de boa parte do governo para retomar as discussões sobre o projeto.

    A tragédia no Rio Grande do Sul, entretanto, é vista como um fator capaz de adiar o debate.

    Segundo fontes próximas às discussões, a preocupação é que a negociação, se feita neste momento, seria permeada por um “discurso inflamado” de cautela em relação a qualquer tipo de risco ambiental.

    Este seria um argumento adicional para que o Ibama siga firme em não liberar licenças para exploração de petróleo na área enquanto não considerar que as condições para a exploração de petróleo na região são adequadas.

    Na visão dos críticos de Marina Silva, a ministra adota uma postura “intransigente” em relação ao tema.

    No time de Marina Silva, há firmeza em alegar critérios técnicos para a posição do Ibama.

    Uma fonte próxima à ministra disse ao blog que a liberação do licenciamento para o projeto segue exatamente no mesmo estágio em que se encontrava lá atrás.

    Para esse interlocutor da ministra, a empresa até agora não conseguiu fornecer informações suficientes, que garantam a segurança ambiental da exploração na região.

    O blog procurou o Ministério do Meio Ambiente e a Petrobras, mas ainda não teve retorno.