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    Clarissa Oliveira
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    Clarissa Oliveira

    Viveu seis anos em Brasília. Foi repórter, editora, colunista e diretora em grandes redações, como Folha, Estadão, iG, Band e Veja

    Ministro de Lula à CNN sobre MST: “Ambiente é de bom diálogo”

    Governo confirma anúncio de medidas voltadas aos movimentos de terra em contraponto ao Abril Vermelho

    O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse à CNN que o governo vive um momento positivo no relacionamento com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

    Após enfrentar uma série de protestos e invasões no ano passado, o governo marcou para o próximo dia 8 o anúncio de uma série de medidas voltadas ao fortalecimento do programa de reforma agrária.

    “O ambiente é de bom diálogo e de ampliação do programa (de reforma agrária)”, afirmou Teixeira.

    Com os anúncios, o governo cria uma espécie de vacina para o chamado “Abril Vermelho”.

    O mês costuma ser marcado por protestos e invasões, para relembrar o aniversário do massacre de Eldorado dos Carajás, que ocorreu em 1996 no Pará. O MST já decidiu postergar ações para marcar a data, segundo informações da Folha de S.Paulo e confirmadas pela CNN.

    “Independente de anúncios do governo, a jornada vai acontecer, como acontece todos os anos em memória aos mártires do massacre de carajás”, disse o MST.

    “As famílias que estão há muitos anos sem nenhum avanço nesse tipo de política pública estão aguardando pra saber se algo de concreto vai acontecer pelas mãos do governo, ou não, pra medir que tipo de ação será necessária para que se cumpra a Constituição com relação a reforma agrária e a função social da terra”, complementou o movimento.

    Teixeira disse à CNN que serão feitos anúncios em cinco frentes diferentes. Uma delas é a chamada prateleira de terras, já prometida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Seria um levantamento de terras improdutivas que poderiam ser utilizadas para assentamentos.

    Além disso, segundo Teixeira, serão divulgados ainda um aumento considerado nas compras públicas da agricultura familiar; a ampliação e nacionalização do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf); a retomada de assentamentos e o seguimento às demarcações de terras de quilombos.