Em mais um desdobramento da crise que se instalou na articulação política, auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendem que o governo dê uma roupagem formal à cobrança feita a ministros aliados para que angariem votos em suas respectivas bancadas.

A ideia ainda não saiu do papel, mas fala-se em criar uma espécie de placar, uma contagem voto a voto, para demonstrar quais integrantes da Esplanada estão de fato entregando apoio de suas respectivas bancadas em votações estratégicas.

Ontem, na reunião que teve com líderes no Congresso e ministros da articulação política, Lula deu o recado de que espera que ministros sejam mais ativos na articulação política e ajudem a angariar votos.

O recado é dirigido principalmente a auxiliares indicados por legendas como União Brasil, PP e Republicanos, que ocupam cadeiras na Esplanada apesar de não declararem adesão formal à base de apoio ao presidente Lula.

A ideia encontra ressonância no comando do PT. Nas reuniões para discutir a articulação, líderes da legenda responsabilizam partidos aliados, inclusive aqueles que integram o Centrão, pela derrota em votações.