Com presidente procurado pela PF, Solidariedade responsabiliza Pros e tenta se descolar de ação
Líderes da sigla se apoiam em fusão para rebater denúncias e dizem que Eurípedes Junior ignorou tentativas de contato da cúpula partidária nesta manhã
Depois de amanhecerem nesta quarta-feira (12) na mira da Polícia Federal, líderes do Solidariedade dizem ter tentado sem sucesso contatar o presidente nacional da legenda, Eurípedes Junior, para tomar pé das denúncias que vieram a público na manhã desta segunda-feira.
Eurípedes Junior teve a prisão decretada como parte da operação, junto com outros integrantes da sigla, entre eles a primeira tesoureira Cintia Lourenço da Silva.
No total, são 45 mandados de busca e apreensão e 7 de prisão preventiva em execução. Dos sete mandados de prisão, apenas o de Eurípedes não foi cumprido. Segundo apuração da CNN, a PF ainda faz buscas para encontrar o político.
Nos bastidores, a estratégia adotada por dirigentes partidários vem sendo a de responsabilizar o antigo Partido Republicano da Ordem Social (Pros) por qualquer irregularidade que tenha sido apontada pelas investigações.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou a fusão entre as duas legendas em fevereiro de 2023. Eurípedes Junior, que já era dirigente do Pros, passou a presidir a legenda ampliada.
Além de divulgar uma nota atribuindo os fatos investigados ao período anterior à fusão, líderes do Solidariedade investem na tese de que não tinham nenhum conhecimento sobre eventuais irregularidades cometidas previamente pelo Pros.
Em março passado, o TSE já havia rejeitado as contas do partido em 2018 e ordenado a devolução de R$ 2,9 milhões aos cofres públicos.