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    Clarissa Oliveira
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    Clarissa Oliveira

    Viveu seis anos em Brasília. Foi repórter, editora, colunista e diretora em grandes redações, como Folha, Estadão, iG, Band e Veja

    Com futuro incerto, Prates desabafou com amigos e foi aconselhado se recolher

    Avaliação nos bastidores é que presidente da Petrobras ganhou sobrevida; conflitos devem ser evitados

    Se depender dos conselhos que recebeu de amigos próximos, Jean Paul Prates tende a se recolher. A expectativa é que o presidente da Petrobras se concentre no trabalho e evite novas polêmicas a respeito de seus atritos com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

    Nas conversas que teve nos últimos dias e que foram relatadas ao blog por seus interlocutores, o presidente da Petrobras ouviu atentamente aos conselhos: suspender qualquer tipo de briga por meio da imprensa, evitar “destampar” nas redes sociais e, em caso de novos conflitos, tratar direta e exclusivamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Segundo contaram ao blog esses dois interlocutores, Prates ainda está “no escuro”. A avaliação das pessoas próximas ao Executivo é que sua situação no comando da estatal ainda é incerta.

    Aliados de Prates dizem acompanhar com atenção conversas sobre uma eventual reforma ministerial. Lula suspendeu qualquer negociação por trocas na Esplanada, mas é consenso na equipe que as mudanças poderão ocorrer até o fim do ano.

    “Tanto Prates quanto Silveira estão sob risco, depois de toda essa confusão”, disse ao blog um petista com bom trânsito junto ao presidente da Petrobras e ao ministro. De três fontes consultadas pelo blog entre ontem e hoje cedo, nenhuma apostou na demissão do presidente da Petrobras no curtíssimo prazo.

    Em geral, a tese é que Lula acabaria “premiando a conspiração” se optasse por esse caminho. Ou seja, validaria de alguma forma as ofensivas do ministro de Minas e Energia contra o presidente da Petrobras. “Seria fortalecer a prática de guerra entre ministros pela imprensa”, comentou um amigo de Lula.