Bastidores: Prates fez alerta aos amigos antes de pedir conversa com Lula
Aos mais próximos, presidente da Petrobras disse que está "no limite", queixou-se de ataques e disse que não descarta deixar o comando da companhia
No início desta semana, Jean Paul Prates, telefonou a alguns amigos mais próximos para informá-los que havia tomado uma decisão importante.
Em tom desabafo, o presidente da Petrobras avisou que pretendia pedir uma conversa definitiva com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que poderia impactar no seu futuro no comando da companhia.
Prates, segundo contou ao blog um interlocutor, disse que não suportava mais estar na mira constante de integrantes do governo. “Ele disse exatamente assim: eu estou no meu limite. Não aguento mais”, disse uma pessoa próxima a Prates.
O executivo fazia ali uma referência ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com quem vem acumulando desentendimentos no decorrer dos últimos meses.
Um ponto que Prates pretende levar a Lula, segundo uma fonte ouvida pelo blog, é suposta interferência de Silveira sobre o Conselho de Administração da companhia.
O executivo, segundo pessoas próximas, teria se queixado de temas de interesse da empresa não serem pautados sem que haja anuência prévia do ministro.
A notícia de que Prates pedirá uma reunião com Lula para discutir sua situação no comando da companhia foi revelada nesta quinta-feira, pela jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. Horas depois, as ações da companhia entraram em queda, diante da perspectiva de troca de comando.
Segundo a âncora Raquel Landim, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, seria o cotado para a vaga. Nos bastidores, surgem também os nomes de Clarice Copetti, diretora de Assuntos Corporativos da empresa, e Bruno Moretti, subchefe de Análise Governamental da Casa Civil.
O blog procurou Prates e a Silveira, mas até o momento não houve resposta.
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